LIVRES DA FUMAÇA

19 de maio de 2012 


Roni Quevedo Homeopata, coordenador do projeto UCPel Mais Saudável.

Tudo começou em 2007, com uma campanha sugerida pelo Conselho Universitário para inibir o uso do tabaco nas dependências da Universidade Católica de Pelotas (UCPel), com todos os seus prédios adjacentes. A campanha deu lugar a um projeto permanente para não só conscientizar os alunos e a comunidade, mas também dar apoio terapêutico para quem objetiva largar o vício. O Programa UCPel Mais Saudável – idealizado pelo homeopata Roni Quevedo – virou referência no país em março deste ano, quando uma grande vitória foi comemorada pela equipe. Em março, um Portaria expedida pelo reitor da universidade, José Carlos Bachettini Júnior, decidiu proibir o fumo em todos os ambientes da UCPel, incluindo as áreas abertas.

Leia, a seguir, a entrevista com o médico.


ZH – De que forma esta portaria colabora para o combate ao tabagismo?


Roni Quevedo – Respondo com as palavras do reitor da UCPel, José Bachetini: “Uma Universidade que a muito tempo ensina atendendo pessoas, singelamente iniciou orientando sobre a importância de não fumar. A constância deste trabalho e o apoio a todos aqueles que desejam abandonar o habito de fumar, atingiu proporções que sonhávamos, mas que não tínhamos certeza se conseguiríamos atingir: uma UCPel mais Saudável”.


ZH – A sua intenção é replicar esta iniciativa para outros locais?


RQ – Com certeza, o programa tem este, entre outros objetivos. É oportuno lembrar que a lei antifumo para Pelotas foi inspirada no programa “UCPel mais Saudável” em atividade desde 29 de agosto de 2007.


ZH – Qual o maior desafio quando falamos em conscientização?


RQ – É sensibilizar a comunidade acadêmica como um todo: alunos, funcionários e professores. Eles podem disseminar a campanha para seus familiares, amigos e vizinhos um dos nossos objetivos de proporcionar um ambiente 100% livre de tabaco. Especialmente neste ano, em que a Campanha da Fraternidade preconiza “que a saúde se difunda sobre a terra”.


ZH – A notícia de que o RS é o Estado com mais fumantes e mais obesos reflete bem nossa realidade? Ao seu ver, por que estamos com esta triste realidade?


RQ – Precisamos de divulgação muito mais intensa sobre as consequências da doença tabagismo. Desde a pré-escola até o ensino superior, nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), nos hospitais, clubes sociais e também pelos meios de comunicação.

Nenhum comentário: