NUTRICIONISTAS DEBATEM ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL COMO QUESTÃO DE SAÚDE PÚBLICA

Congresso mundial 30/04/2012


Desafios para entender a nutrição a nível global.

Encontro dará origem a um documento base para estabelecer políticas de nutrição.

 Termina nesta segunda-feira o Congresso Mundial de Nutrição em Saúde Pública (Rio 2012), organizado pela Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (Abrasco) e pela Associação Mundial de Nutrição em Saúde Pública. Desde sexta-feira, nutricionistas brasileiros e estrangeiros discutem os desafios na área da nutrição para este século. O conjunto de acordos firmados durante o congresso resultará na Declaração do Rio sobre Nutrição em Saúde Pública. O documento poderá ser a base para o estabelecimento de políticas nessa área. 

— Não se trata de entender a nutrição somente no contexto da atividade individual e das questões clínicas, que são importantes, mas resultam insuficientes para enfrentar os desafios existentes nas áreas de alimentação e nutrição em nível global — esclarece o presidente da Abrasco, Luiz Augusto Facchini.

Conforme a Abrasco, mais de 40% da população mundial vive abaixo da linha da pobreza, o que é um problema grave do ponto de vista de acesso à alimentação saudável e às condições mínimas de uma boa nutrição. De acordo com Facchini, o problema abrange também as pessoas que têm acesso à nutrição, mas não a alimentos saudáveis, com fibras e nutrientes essenciais, e consomem mais alimentos processados, com muito teor de gordura, sal e carboidratos. Para ele, o debate nesse campo é fundamental porque há, ao mesmo tempo, uma boa fatia da população mundial com obesidade e sobrepeso.

Outra preocupação é quanto ao uso abusivo de pesticidas que contaminam as águas dos rios e das fontes de abastecimento da população, o que pode provocar câncer e outras doenças degenerativas.
FONTE:http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/bem-estar/noticia/2012/04/nutricionistas-debatem-alimentacao-saudavel-como-questao-de-saude-publica-3743337.html

IRON MAIDEN , TRINTA ANOS SOB O NÚMERO DA BESTA

28/04/2012

 

Disco The Number of the Beast, que alçou o Iron Maiden ao estrelato, completa três décadas.

Fãs recifenses tiveram, por duas vezes, a oportunidade de ouvir clássicos do disco.

 

Uma sequência de números. Uma referência ao Apocalipse, livro da Bíblia. A velha polêmica entre o bem e o mal, o sagrado e o satânico. Como seguisse uma profecia, o jovem Steve Harris, um músico e compositor de 25 anos nascido no Leste de Londres, Inglaterra, depois de assistir a filmes de terror, decidiu fazer uma canção usando no refrão um conceito escrito nas revelações de João Evangelista. Ele queria mostrar imagens de um sonho distorcido em um lugar enfumaçado, que poderia ser o inferno, e falar sobre a marca na mão direita ou na testa, o 666, o número da besta ou número do homem, criado por Deus no sexto dia. Na visão de algumas religiões, homem que carregasse esta marca seria o anticristo.

 

Na época, início de 1982, o líder e criador do Iron Maiden, banda britânica ainda candidata ao estrelato, nem imaginava que uma canção seria capaz de causar tanto impacto e mudar tantas coisas. De abril daquele ano até hoje, exatas três décadas depois, aquela música seguiu escalada de sucesso, virou clássico do rock e alavancou carreira da Donzela de Ferro rumo ao status de megabanda mundial.

Graças ao The number of the beast, Steve e seus companheiros passaram a viver rodeados de outros números. Cada vez maiores. O terceiro álbum de estúdio do Maiden vendeu até hoje a “bagatela” de 16 milhões de cópias, entre os mais de 100 milhões de discos comercializados pelo grupo em quase 40 anos de carreira. Chegou ao primeiro lugar nas paradas britânicas, levando a esse posto pela primeira vez; ganhou discos de platina nos Estados Unidos, Inglaterra e Canadá e está na lista de 1001 discos que você deve escutar antes de morrer, catálogo lançado em todo o mundo contendo uma relação de grandes álbuns de todos os gêneros, da década de 50 do século passado ao início os anos 2000. Como se não bastasse, o The number of the beast consolidou o time de Steve Harris como um dos mais bem-sucedidos em turnês pela Europa e Estados Unidos. Com a potência daquele disco, a Donzela estava pronta para conquistar o planeta.


 

O disco, hoje trintão e multiplatinado, começou a ser gravado no fim de 1981, no Batery Studios, em Londres. Pensando em alçar voos cada vez mais altos, Steve Harris, na época ladeado pelo inseparável companheiro e guitarrista Dave Murray e pelo grande Adrian Smith, co-autor de várias músicas, planejava temas épicos. Com o batera Clive Burr (atualmente internado com Esclerose Múltipla) eles precisavam de um vocalista capaz de tirar o Maiden da escala de banda promissora, após dois álbuns, com uma pegada beirando o punk, e levá-la a um ponto sem freios musicais, livre também dos obstáculos impostos pela vida desregrada do antigo vocalista Paul Di’ Anno. O recrutado foi Bruce Dickinson, da banda Samsom, que faria parte do mesmo movimento do Maiden, o New Wave British Heavy Metal, selo inventado pelas revistas especializadas do Reino Unido. Bruce Bruce, como era chamado até então, aceitou o convite de Rod Smallwood, empresário da Donzela, mas fez imposições: “Não corto o cabelo nem uso roupas de punk”, conta o vocalista no documentário The early years.

Com o quinteto pronto, era a hora de chamar o produtor e começar a compor, já que o estoque de músicas de Steve Harris tinha acabado com o álbum anterior, Killers. Martin Birtch, famoso por participar de álbuns como Machine head, do Deep Purple, assumia de um vez o comando da mesa de som. Com ele, a banda mostrou que o céu era o limite. Mas, antes, teve que passar por experiências estranhas, principalmente, para quem invoca o capeta no título do disco. “Os amplificadores falhavam e as luzes acendiam e apagavam sozinhas no estúdio. Algumas fitas sumiam, lembra Adrian Smith, no filme sobre o The number, feito para a série de DVDs Classic albuns. Mas a história mais interessante é a que Martin até hoje não consegue explicar direito. Ele saía do Batery Studios, depois de uma sessão de gravação, quando o carro bateu em um veículos com seis feiras e um padre dirigindo. Levou o automóvel ao conserto e quase caiu para trás. “A conta era de 666 libras. Não pude aceitar e disse que pagaria 667 ou 665.”



DNA , SEMELHANÇAS REVELADAS

28 de abril de 2012 


Sequenciamento de DNA do último grande primata, o gorila, revela muito em comum com o ser humano.

 Segundo uma pesquisa publicada na revista Nature, o homo sapiens não apenas é primata, mas, em algumas regiões do genoma, é mais parecido com o assustador gorila do que com o quase humano chimpanzé.

O gorila é o último grande símio a ter o genoma mapeado, feito alcançado pelo Instituto Wellcome Trust Sanger, do Reino Unido. Os pesquisadores estudaram o DNA de Kamilah, uma fêmea de 34 anos, moradora do Zoológico de San Diego, na Califórnia.

– Com o sequenciamento genético de Kamilah, poderemos identificar o momento em que esses nossos primos tornaram-se diferentes de nós – declara Chris Tyler-Smith, um dos autores da pesquisa.

A comparação do DNA dos gorilas e dos humanos revelou que muitas mutações que ocorreram no homo sapiens também estão presentes no maior primata que habita o planeta. Tanto uma quanto outra espécie têm cerca de 500 genes que estão relacionados à aceleração da evolução de algumas características, sendo uma das mais significativas a que envolve a audição.

Com isso, quebra-se um importante paradigma científico, o de que, nos homens, esses genes se modificaram rapidamente para acompanhar o desenvolvimento da linguagem. Como gorilas não falam e, ainda assim, os genes da audição se aprimoraram, praticamente cai por terra a teoria.

CABEÇA BOA, BONS SONHOS

28 de abril de 2012 

Resolver problemas de estresse e depressão ajudam a combater a insônia, problema que afeta pelo menos um terço das pessoas.

Por mais que tentasse, a noite de sono de Marcelo de Freitas Antunes começava depois das 3h. Deitado na cama, virava-se para um lado, para o outro, em uma busca só encerrada pela exaustão, companheira ao longo do dia.

Advogado, 31 anos, Marcelo levava as tensões do escritório para o colchão. O estresse ajudava a cortar o sono, trazia a insônia, drama desencadeado por uma série de fatores, muito ligado a distúrbios psiquiátricos. Uma cabeça relaxada, em dia, é fundamental para uma noite bem dormida.

Depressão e ansiedade são as causas mais comuns de insônia – atesta o pneumologista e médico do sono Fábio Maraschin Haggstram, estudioso do problema que afeta pelo menos um terço da população, com reflexos diretos na saúde e no rendimento pessoal.

Uma noite sem o devido repouso traz cansaço, fadiga, mal humor e dificuldades para raciocinar. E ainda pode desencadear uma série de doenças psiquiátricas, cardiovasculares e metabólicas. Problemas com o sono são corriqueiros, impulsionados por fatores como idade, sexo, nível social, trabalho em turnos alternados, consumo excessivo de cafeínas (café, chimarrão, chás e chocolate), uso de bebidas alcoólicas e cigarro.

Mulheres e idosos são mais propensos a ter insônia, problema que incomoda com muita frequência pessoas ansiosas e exigentes. Crises em relacionamentos, na família ou no trabalho também afastam o sono. Segundo a médica Rosa Hasan, do Laboratório do Sono do Instituto de Psiquiatria do Hospital de Clínicas da Universidade de São Paulo, é preciso se preocupar quando as noites em claro se repetem ao menos três vezes por semana e perduram por mais de 30 dias. Assim, a insônia pode ser considerada crônica, como no caso de Marcelo.

– Eu passava o dia inteiro cansado, a base de café. Precisei reeducar meu sono.
Ao procurar ajuda médica, o advogado percebeu que mantinha hábitos equivocados. Jantava tarde, fazia do seu quarto uma extensão do escritório, deixava luzes acesas no recinto, ficava na cama esperando o sono chegar. Cacoetes que desrespeitam os indutores do sono. Outro erro comum é o consumo de estimulantes, como café, de duas a três horas antes de dormir.

Com o tempo, Marcelo corrigiu seus hábitos. Tirou o computador do quarto, agora totalmente escuro. Recuperou o prazer em dormir com orientação e disciplina. Conhecer-se também é importante, sinaliza a médica Luciana Palombini, do Instituto do Sono, de São Paulo.

Como o estresse piora a ansiedade e a insônia, a pessoa deve procurar o que lhe tranquiliza. Pode ser a meditação, um tipo de aula de dança ou o algo que faça relaxar. A ajuda de psicólogo ou psiquiatra é muitas vezes essencial.

Uma noite sem o devido repouso traz cansaço, fadiga, mal humor, e dificuldades para raciocinar. E pode desencadear doenças

Idosos
A insônia é mais frequente nas mulheres. Também ocorre uma alta nas queixas conforme o aumento da faixa etária. Os idosos têm uma tendência à fragmentação do sono, ou seja, a acordar mais durante a noite. O relógio biológico começa a ter uma regulação menos eficaz, o que eleva as chances de despertares noturnos, afirma a médica Luciana Palombini, do Instituto do Sono.

É muito importante que os idosos mantenham os horários de dormir e, principalmente, de acordar, regulares.

Medicamentos
É preciso cuidado com medicamentos que ajudem a dormir, em especial os chamados tarja-preta. Eles podem criar dependência se usados por um longo período, alerta a médica Rosa Hasan, do Hospital de Clínicas da USP. Por isso, remédios só devem ser usados com orientação.


Respeite os indutores


Evitar consumir estimulantes, como café, poucas horas antes de dormir, e manter o quarto bem escuro à noite ajudam a combater a insônia. São medidas que respeitam os indutores fisiológicos do sono. O ser humano mantém um ciclo que divide seu dia em oito horas de sono e 16 de vigília. É um processo controlado por dois fatores, a homeostase do sono e o ritmo circadiano (o chamado “relógio biológico”), explica o médico Fábio Maraschin.

Há evidências que indicam que a adenosina pode ser o produto químico indutor do sono. Acordados, os níveis de adenosina no sangue aumentam, resultando em uma crescente necessidade de dormir. Certas drogas, como a cafeína, bloqueiam o receptor de adenosina, causando insônia – diz o médico.

Nossos ritmos internos de 24 horas são sincronizados com o ambiente externo e programações sociais. A luz e a escuridão são os agentes mais fortes de sincronização do relógio biológico, ajudando a determinar quando sentimos a necessidade de acordar ou dormir. Ao escurecer, o cérebro recebe a informação e começa a liberar uma substância chamada de melatonina, indutora do sono.

Na combinação, o sistema homeostático tende a tornar-nos mais sonolentos durante todo o período de vigília, enquanto que o sistema circadiano nos coloca a dormir quando escurece – diz Maraschin.


Fatores de risco


> Sexo feminino

> Aumento da idade

> Presença de comorbidades (médica, psiquiátrica, do sono, uso de drogas)

> Trabalho em turnos alternados

> Desemprego

> Baixo nível socioeconômico

> Medicações (verifique a bula do que você está consumindo)

> Álcool



Mulher de 69 anos, a aposentada Maria de Lourdes Cracco está no grupo de risco dos males do sono. Com apneia, ela repete a polissonografia pela quinta vez.


Soneca no consultório

 

O tratamento da insônia envolve muitas variáveis. Quando o problema é associado a outras doenças, é preciso saná-las. Um exame que ajuda a avaliar o distúrbio é a polissonografia, no qual eletrodos são colocados no corpo do paciente para captar sinais fisiológicos durante o sono.

Ao monitorar as ondas cerebrais, a avaliação define as fases do sono, posição e movimento, respiração, frequência cardíaca etc. Ela indica distúrbios comuns, como apneia do sono, drama da aposentada Maria de Lourdes Barbosa Cracco (foto, E), 69 anos. No seu quinto exame, ela testava um CPAP, um aparelho que facilita a inalação de ar.

Já o aposentado Luiz Carlos Ruckert, 61 anos, procurou ajuda médica para poder aquietar-se na cama:

Eu sentia muita dor nas pernas, me mexia a noite inteira. Dormi no consultório médico e me mexi mais de 150 vezes em quatro horas – relata.

Ruckert descobriu um problema neurológico, a Síndrome de Ekbom, conhecida como “síndrome das pernas inquietas” ou SPI. Passou a usar medicação e corrigiu hábitos. Há um ano e meio o aposentado parou de fumar e cuida mais da alimentação. Também dedica atenção com as bebidas alcoólicas.

Embora muitos pensem que o álcool é um sedativo, ele geralmente perturba o sono, fica mais superficial, com despertares, e não reparador – alerta o médico Fábio Maraschin.

A boa higiene do sono exige horários regulares para deitar e levantar, além de associar o quarto a um ambiente exclusivo para dormir. Deve-se evitar comer, ler ou trabalhar na cama.

No quarto, precisamos de silêncio, escuro e conforto para um sono adequado – ensina a pneumologista Luciana Palombini.


 Cuide do seu sono


Pequenos hábitos ajudam a manter a “boa higiene do sono”, como chamam os especialistas. Confira algumas dicas:

> Não vá para a cama sem sono. Faça algo relaxante, como ler um livro, escutar uma música calma ou folhear uma revista. Relaxe da preocupação de dormir

> Caso você não pegue no sono em 20 ou 30 minutos, saia da cama. Tente alguma atividade relaxante, de preferência em outro cômodo. Ao sentir sono retorne para cama. Tenha um quarto confortável, silencioso, escuro e levemente frio.

> Tenha rituais que ajudem a relaxar antes de ir para cama, como banho morno, lanches leves, alguns minutos de leitura.

> Procure acordar no mesmo horário todos os dias. Tente fazer isso mesmo em fins de semana e feriados.

> Durma o tempo suficiente para ter sensação de sono reparador todas as noites, não ficando privado de sono. Em geral, é preciso dormir entre sete e oito horas por dia, mas a quantidade de sono necessária varia de pessoa para pessoa.

> Evite tirar sonecas durante o dia. Se você precisa tirar uma sesta, faça por períodos curtos (menos de uma hora) e nunca depois das 15h.

> Mantenha horários regulares para refeições, medicamentos, tarefas e outras atividades que ajudam a regular o relógio biológico.

> Não consuma café, chimarrão, chás, chocolate, refrigerante após as 18h. Evite bebidas alcoólicas seis horas antes do horário de dormir. Não fume próximo ao horário de ir para a cama.

> Não durma com fome, porém não coma demais antes de deitar.

> Evite exercícios físicos intensos de quatro a seis horas antes do horário de dormir. Você deve realizar exercícios físicos regularmente, mas de preferencia no início do dia.

> Discuta os problemas com familiares e amigos. Ajuda a aliviar as preocupações e não levá-las para a cama a noite.

ENCONTRADAS CÉLULAS-TRONCO NO CÉREBRO HUMANO ADULTO

28/04/2012


Este pode ser o elo que faltava para explicar fisiologicamente o fenômeno da plasticidade cerebral.

Elo mente-cérebro.


Pesquisadores da Universidade de Lund, na Suécia, descobriram uma nova célula-tronco no cérebro adulto.

Estas células podem se multiplicar e formar vários tipos de células diferentes - mais importante, elas podem formar novas células cerebrais.

Este pode ser o elo que faltava para explicar fisiologicamente o fenômeno da plasticidade cerebral, um fenômeno físico no cérebro que pode ser induzido voluntariamente ou por práticas como a meditação.
Agora os pesquisadores esperam usar essa descoberta usar para desenvolver terapias que possam reparar doenças e danos ao cérebro.


Células-tronco para curar o cérebro


Analisando tecidos cerebrais a partir de biópsias, os pesquisadores encontraram as células-tronco em torno de pequenos vasos sanguíneos no cérebro.

A função específica dessas células, cuja existência era desconhecida até agora, ainda não está clara, mas suas propriedades plásticas sugerem um grande potencial.

Um tipo de célula semelhante foi identificado em vários outros órgãos, com capacidade para promover a regeneração de músculos, ossos, cartilagens e tecido adiposo.

O mais interessante é a capacidade da nova célula-tronco de formar neurônios. 

Em outros órgãos, os cientistas identificaram indícios claros de que estes tipos de células-tronco contribuem para reparar tecido e cicatrizar ferimentos.

A Dra. Gesine Paul-Visse e seus colegas sugerem que essas propriedades curativas também possam se aplicar ao cérebro.


Explicação da plasticidade


O próximo passo é tentar controlar e otimizar a capacidade de cura das células-tronco cerebrais com o objetivo de desenvolver terapias dirigidas a uma área específica do cérebro.

"Nossos resultados mostram que a capacidade da célula é muito maior do que se pensava inicialmente, e que essas células são muito versáteis," disse a Dra. Visse.

"O mais interessante é a sua capacidade de formar neurônios, mas elas também podem se desenvolver em outros tipos de células. Os resultados contribuem para uma melhor compreensão de como funciona a plasticidade das células do cérebro, e abre novas oportunidades para explorar esses recursos."

"Nós esperamos que nossa descoberta melhore e aumente a compreensão dos mecanismos naturais de reparação do cérebro. O objetivo final é fortalecer esses mecanismos e desenvolver novos tratamentos que possam reparar o cérebro doente," concluiu a pesquisadora.


LISTA DE DOADORES DE MEDULA ÓSSEA TERÁ NÚMERO FIXO DE VOLUNTÁRIOS

27/04/2012


Objetivo é diminuir custos com a captação de doadores.

A lista de doadores de medula óssea terá, a partir de agora, um número fixo de voluntários, conforme portaria assinada pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, na quinta-feira. Antes ilimitado, o Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome) terá como número máximo de cadastro 267.190 doadores por ano.

O objetivo, de acordo com Padilha, é melhorar a qualidade do material coletado e armazenado, além de reduzir custos com procedimentos. Atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) investe R$ 270 milhões por ano com a captação de doadores voluntários para o Redome. Com a regulação do número de doadores, o gasto passará a ser R$ 100 milhões.

— Essa economia vai possibilitar o remanejamento dos recursos para outras ações — disse Padilha.

Segundo o Ministério da Saúde, o Redome é hoje o terceiro maior registro mundial de doadores voluntários de medula óssea. São mais de 2,7 milhões de doadores cadastrados. Em 2000, 12 mil voluntários estavam inscritos.

Quanto ao número de transplantes, em 2011, foram realizados um total de 1.732 — crescimento de 7,2% em relação a 2010. Hoje, há 1.205 pessoas aguardando pela identificação de um doador de medula óssea no país. Existem 104 pessoas aguardando por um transplante não aparentado de medula óssea, já com doador identificado e selecionado.

PROGRAMA DE ATENDIMENTO AO PACIENTE DE ESCLEROSE MÚLTIPLA NO BRASIL

Aqui você encontrará os dados informativos de todos os laboratórios dos interferons e imunomoduladores,e serviço ou programa de atendimento ao Paciente(0800),se tu não não faz uso deste serviço,entre em contato com o laboratório,cadastre-se,que é inteiramente gratuito,e receberá todo o apoio,material para aplicação,visita de enfermeira periódica,etc...

 AVONEX


Laboratório Biogen Idec Brasil
Avenida Presidente Juscelino Kubitschek, 1.400
Conjunto 61 – Jardim Paulista
São Paulo – SP - Brasil
cep: 04543-000
Telefone: +55 11 3568-3400
Fax: +55 11 3568-3440
Contato email:
rhbrasil@biogenidec.com
Site: www.biogenidec.com.br
Programa - BIA - Atendimento ao cliente.
Telefone: 0800-724-0055

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Laboratório Schering

Programa- BETAPLUS
Telefone: 0800-7020605
e-mail: apb@schering.com.br

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Laboratório Teva
PACO - Programa de Atendimento Continuado.

Telefone: 0800-7722660.

E-mail: paco@tevabrasil.com.br


REBIF 22 ou 44


Laboratório Merk Serono

PAP - Programa de Atendimento ao Paciente

Telefone: 0800-113320.
e-mail: pap@serono.com.br
 
 TYSABRI (NATALIZUMAB)


Laboratório Biogen Idec Brasil
Avenida Presidente Juscelino Kubitschek, 1.400
Conjunto 61 – Jardim Paulista
São Paulo – SP - Brasil
cep: 04543-000
Telefone: +55 11 3568-3400
Fax: +55 11 3568-3440
Contato email:
rhbrasil@biogenidec.com
Site: www.biogenidec.com.br
Programa - BIA - Atendimento ao cliente.
Telefone: 0800-724-0055
 
 
Gilenya® (fingolimod)

Novartis Brasil

http://www.novartis.com.br

Serviço de Informações ao Cliente

0800-888-3003

ATENDIMENTO: DAS 8H ÁS 17H
 
 
COMO FUNCIONAM OS PROGRAMAS.

O paciente entra em contato com o número de 0800 de acordo com o medicamento que usa...
Lá eles cadastram alguns dados pessoais, como nome do paciente, nome do médico, etc...
A técnica que atende o telefone, esclarece nossas dúvidas e agenda no cadastro, o recebimento do material composto de: APLICADOR que facilita as aplicações, BOLSA DE GEL para compressas frias, BOLSA TÉRMICA para transporte da medicação, CAIXAS COLETORAS para descarte das seringas vazias, ALCOOL PREPARADO para desinfecção do local da aplicação, e folhetos informativos.
Todo esse material vem pelo correio até sua residência totalmente GRATUITO.
E sempre que faltar alguma coisa basta ligar para o programa de atendimento ao paciente, para solicitar.
Os
programas também realizam um trabalho de orientação acerca do
tratamento, efeitos colaterais da medicação e procedimentos para
melhorar nosso dia-a-dia.

Alguns desses programas disponibilizam
também a visita de uma técnica em enfermagem para estar acompanhando as
primeiras aplicações do paciente ajudando no esclarecimento de como
realizar tal procedimento, o suporte dependerá muito da região e
localidade de moradia do paciente

Alguns deles também
possibilitam um agendamento mensal ou semestral de uma técnica de
enfermagem, visando um apoio e maior integração do paciente ao programa.

Vale a pena conferir.
 
 
FAÇA SEU CADASTRO,É INTEIRAMENTE GRATUITO!!!
 
 







CONHEÇA AS SEMENTES QUE AJUDAM A CONTROLAR A HIPERTENSÃO

26/04/2012


Linhaça é uma das sementes indicadas.

No Dia de Combate à Hipertensão, nutricionista dá dicas de alimentação preventiva.

Chia, linhaça e semente de girassol, ricas em ômega 3, são algumas das sementes que auxiliam na prevenção e no combate à hipertensão, doença crônica silenciosa que pode ter consequências graves e levar à morte por ocorrência de infarto ou derrame.

No Dia Nacional de Combate à Hipertensão, lembrado nesta quinta-feira, 26 de abril, a nutricionista Flávia Morais, da rede Mundo Verde, especializada em produtos naturais e orgânicos, dá dicas de alimentação preventiva, para ajudar a manter a pressão nos níveis normais.

O ômega 3 atua na prevenção de doença cardiovascular, pois ajuda a diminuir o colesterol e a pressão arterial — afirma Flávia.

Segundo a nutricionista, a quantidade diária ideal de chia ou linhaça é de uma a duas colheres de sopa, que podem ser adicionadas a bebidas ou comidas. Para sementes de girassol, a medida recomendada é de 30 gramas por dia.

Outros alimentos, como castanhas, amêndoas e nozes são fontes de gorduras insaturadas e magnésio, nutrientes que auxiliam no combate à hipertensão. O suco de uva também tem efeito protetor contra doenças do coração — complementa.

A nutricionista recomenda priorizar na dieta frutas, verduras, legumes ricos em potássio, cálcio e magnésio, cereais integrais como arroz, aveia e farelo de trigo e ingerir no mínimo dois litros de água por dia.

Outra medida é reduzir o consumo de sódio, substituindo sal comum por sal light — que tem teor reduzido de sódio — e condimentos naturais, como alho, cebola, orégano, manjericão, alecrim, entre outros. Temperos e salgadinhos industrializados, patês, manteiga e margarina salgadas, carnes processadas têm bastante quantidade de sal e devem ser evitados.

Aliada à alimentação adequada, é essencial a prática de atividades físicas regulares, reduzir o consumo de álcool e evitar o hábito de fumar — conclui.

BRASILEIROS ESTÃO ENTRE OS MENOS ESTRESSADOS

25/04/2012


Planejamento é fundamental.
Pressão por alcançar metas e volume de informação são as principais causas de estresse.

Um levantamento realizado pelo International Business (IBR) com 6 mil empresas em 40 países apontou que os brasileiros estão entre os menos estressados do mundo. Apesar de pesquisas apontarem um crescimento no nível de estresse do empresário local, um aumento de 10 pontos percentuais comparado ao ano de 2010, apenas 19% dos profissionais relatam que o estresse aumentou no último ano, enquanto a média global ficou em 28%.

O ranking coloca o Brasil em 30º lugar. A Grécia lidera entre os mais estressados, com 68%. Na sequência, aparecem China (60%), Taiwan (57%) e Vietnã (56%). No sentido oposto, entre os países com empresários menos estressados, estão Dinamarca (6%), Austrália (9%), Holanda e Rússia (13%).

Para Eduardo Shinyashiki, especialista em desenvolvimento humano, o investimento em planejamento é essencial para uma rotina mais saudável.

Uma empresa com metas bem definidas faz com que as equipes se sintam desafiadas e valorizadas, isso é extremamente importante para construir um cenário positivo — explica.

Os dados apurados também apontaram que questões como conflitos internos e políticos na companhia, pressão para alcançar metas de desempenho e o volume de informação estão entre as maiores causas do estresse no Brasil.

Pensando em formas de fugir das situações de estresse, 72% dos executivos brasileiros apontam que realizam programas em casa e fora para aliviar, 64% preferem praticar esportes e 61% mantêm um ritmo regular de trabalho. Além disso, o IBR constatou que, globalmente, apenas 42% das pessoas consultadas tiram férias para amenizar o estresse.

Ações simples, mas que quebram completamente a rotina, são capazes de proporcionar uma sensação de bem-estar — recomenda o especialista.

PESQUISADORES BRASILEIROS TESTAM VACINA CONTRA MALÁRIA

26/04/2012


Intuito é que vacina proteja contra malária e febre amarela ao mesmo tempo.

O Instituto Oswaldo Cruz e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) já estão testando em animais algumas formulações que poderão levar ao desenvolvimento de uma vacina contra a malária no Brasil. As duas instituições representam o Centro de Referência do Ministério da Saúde para Malária Fora da Região Amazônica.

Conforme o chefe do Laboratório de Pesquisa em Malária do Instituto Oswaldo Cruz, Cláudio Ribeiro, os pesquisadores querem chegar a uma vacina que protegeria ao mesmo tempo contra a malária e a febre amarela.

No Brasil, em 2011, foram registrados 263 mil casos de malária contra 320 mil no ano anterior, sendo que a Amazônia concentra 99,7% dos casos. De acordo com Ribeiro, embora ocorram poucos casos fora da área de transmissão, proporcionalmente, a doença mata mais fora da região amazônica do que dentro.

Fora da Amazônia, o médico não pensa no diagnóstico e confunde a doença com dengue e outras síndromes febris — justifica Ribeiro.

A Fiocruz e o Instituto Evandro Chagas abrigam dois centros de primatologia, onde são desenvolvidos estudos para o desenvolvimento de vacinas que podem salvar vidas de pacientes com malária.

Passada a fase de testes da nova vacina em animais, a ideia é entrar em ensaios clínicos. Segundo Ribeiro, os testes clínicos serão efetuados com voluntários, visando a verificar a inocuidade, ou seja, se a substância que vai ser injetada não faz mal a quem a recebe. Em seguida, os pesquisadores observam se há uma resposta imunológica do paciente e se essa resposta é forte o suficiente para proteger o indivíduo da infecção. Então, poderão ser feitos ensaios em populações.

De acordo com estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 200 milhões de casos de malária são registrados a cada ano no mundo, com cerca de 600 mil a 700 mil mortes. Dessas, 80% são crianças com menos de cinco anos e mais de 90% estão na África, abaixo do deserto do Saara.

Voluntário morto em Moçambique pode ter sido vítima da doença
Desde domingo, a família de Marcelo Tosin Furlanetto, de Garibaldi, vive um drama: a espera pelo corpo do jovem de 23 anos, que morreu em Moçambique, na África, onde fazia trabalho voluntário. Os pais acreditam que a causa da morte tenha sido a malária.

Filho único de Honório e Sara Furlanetto, Marcelo viajou para Moçambique em 10 de março. Ensinava conceitos ambientais e sustentáveis e lecionava música para adolescentes de 12 a 15 anos. Não há previsão para a chegada do corpo ao Brasil, conforme a assessoria de imprensa do Itamaraty.

CSA APROVA MUDANÇA NO ESTATUTO DOS MILITARES PARA INCLUIR ESCLEROSE MÚLTIPLA COMO DOENÇA GRAVE

25/04/2012


A Esclerose Múltipla poderá ser incluída entre as doenças consideradas incapacitantes, relacionadas no Estatuto dos Militares (Lei 6.880/1980), e passíveis de concessão de reforma do militar. Projeto de lei Câmara (PLC 127/11) com esse objetivo foi aprovado nesta quarta-feira (25) pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS). A proposição foi encaminhada ao Congresso pela Presidência da República. A matéria segue para o Plenário.

A lei que trata do regime jurídico dos servidores da União Lei 8.112/1990 já define a Esclerose Múltipla como uma doença grave e passível de gerar aposentadoria por invalidez permanente, como informou o relator do projeto na comissão, senador Romero Jucá (PMDB-RR). Esse argumento, observou ele em seu relatório, foi apresentado pelo Ministério da Defesa na Exposição de Motivos que encaminhou o projeto. O relatório de Jucá foi lido na reunião pelo senador Paulo Paim (PT-RS).

Além disso, destacou Paim, a legislação também confere isenção de imposto de renda sobre os proventos de pessoas acometidas pela enfermidade.

- Essa gravidade já foi reconhecida pela legislação federal no momento em que a doença foi considerada motivo tanto para a concessão, ao servidor público federal, de aposentadoria com proventos integrais, quanto para o oferecimento do benefício de isenção fiscal - disse Paim em defesa de tratamento isonômico para os militares.

Agência Senado

(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

PROBLEMAS RESPIRATÓRIOS,ENTENDA A DIFERENÇA ENTRE GRIPE E RESFRIADO

24/04/2012 


Coriza e vermelhidão nos olhos são sintomas comuns.
Governo promove campanha de vacinação contra a gripe em maio.

Com a proximidade do inverno e a chegada das primeiras ondas de frio aumenta a ocorrência de infecções respiratórias. Quando tosse e espirros se tornam mais frequentes, é comum as pessoas dizerem que estão gripadas. Mas será mesmo gripe?

O médico Alexandre Giandoni Wolkoff, coordenador do pronto socorro-adulto do Hospital San Paolo, explica que quando a pessoa fica gripada, a febre alcança altas temperaturas e pode durar dois ou três dias. Acompanhada de intensa dor no corpo, pode levar à pneumonia ou um quadro bacteriano mais grave.

Já o resfriado é decorrente de um ciclo viral com duração de três a cinco dias. Em muitos casos há vermelhidão nos olhos e coriza, seguida de febre não muito elevada.

— Para saber se é um resfriado simples ou gripe, o profissional deve avaliar o histórico clínico do paciente e examiná-lo. Só assim pode conduzir o tratamento adequado — destaca Wolkoff.

Resfriados podem ser combatidos com uma boa alimentação, hidratação e higiene nasal, diz o médico. A gripe pode ser prevenida por meio de vacina. A vacinação pode ser aplicada a partir dos seis meses de vida, pouco tempo antes do inverno.

Na manhã desta terça-feira, o Ministério da Saúde anunciou a campanha nacional de vacinação contra a gripe, de 5 a 25 de maio. Crianças, idosos, gestantes, indígenas e profissionais da saúde têm prioridade para receber a vacina na rede pública de saúde.

GOVERNO PRETENDE IMUNIZAR 30 MILHÕES DE BRASILEIROS CONTRA A GRIPE

24/04/2012


Campanha mobilizará 240 mil profissionais.

Vacina será oferecida na rede pública de saúde de 5 a 25 de maio, para pessoas consideradas mais vulneráveis.

O Ministério da Saúde anunciou nesta terça-feira o investimento de R$ 260 milhões na campanha de vacinação contra a gripe, que será realizada de 5 a 25 de maio, em parceria com as secretarias estaduais e municipais de Saúde. O objetivo da campanha é imunizar 30 milhões de brasileiros tanto contra a gripe sazonal quanto contra a influenza H1N1.

As vacinas adquiridas foram fabricadas pelo Instituto Butantã em parceria com laboratórios internacionais. A expectativa do governo é que no próximo ano a fabricação seja totalmente nacional. Atualmente, 96% das doses são produzidas no país.

A vacina contra a gripe muda todos os anos porque é feita a partir dos tipos de vírus influenza que mais circularam no ano anterior. Pela mesma razão, a vacina deve ser feita anualmente.

— O objetivo da vacina é reduzir o número de óbitos por conta da influenza em grupos mais vulneráveis, como idosos, crianças pequenas, portadores de doenças crônicas, gestantes em qualquer período da gestação e trabalhadores da área da saúde — explicou o secretário.

Indígenas também serão vacinados, assim como presos, pois o confinamento potencializa a proliferação do vírus.

— Quando há vacinação de grupos vulneráveis, há proteção de todos os que convivem com eles — lembrou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

De acordo com o ministro, em 2011, houve uma redução de 66% no número de mortes e 44% na quantidade de internações geradas por influenza, graças à vacinação e ao uso de antigripais.

A coletiva de imprensa convocada para o anúncio da campanha contou com a presença do representante da Organização Mundial da Saúde Joaquim Molina. Ele destacou que o Brasil faz "a maior campanha de vacinação de todas as Américas". Este ano, a campanha de vacinação mobilizará cerca de 240 mil profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS) em 65 mil postos de vacinação. 

Novartis confirma perfil benefício-risco positivo de Gilenya® após revisão da UE

24/04/2012

A Novartis anunciou esta segunda-feira, em comunicado, que o Comité de Medicamentos para Uso Humano (CHMP) da Agência Europeia do Medicamento (EMA) confirmou o perfil positivo benefício-risco de Gilenya® (fingolimod), uma cápsula por dia. A Novartis e o CHMP concordaram em actualizar as recomendações da informação do produto na União Europeia, a fim de proporcionar uma maior orientação para os profissionais de saúde sobre o início do tratamento com Gilenya® em doentes com Esclerose Múltipla.
 
As mudanças surgem na sequência da revisão anunciada pela EMA em Janeiro de 2012.
 
Na União Europeia, todos os doentes com Esclerose Múltipla que iniciam o tratamento com Gilenya® devem realizar um electrocardiograma (ECG) e medir a pressão arterial antes da administração da primeira dose do medicamento, e no términus do período de monitorização de seis horas após a primeira dose. A pressão arterial e frequência cardíaca devem ser medidas hora a hora durante este período, e é recomendada monitorização contínua com ECG por um período mínimo de seis horas após a primeira dose.
 
"Acreditamos que Gilenya® é uma importante opção terapêutica para muitos doentes com esclerose múltipla surto remissão, e congratulamo-nos com a confirmação do perfil benefício-risco positivo de Gilenya®", disse David Epstein , Chefe de Divisão da Novartis Pharmaceuticals.
 
Até Fevereiro de 2012, aproximadamente 36.000 doentes foram tratados com fingolimod incluindo doentes em ensaios clínicos e de pós-comercialização, alguns destes doentes já com sete anos de tratamento. Actualmente existem aproximadamente 34.000 doentes-ano de exposição a Gilenya®. Na União Europeia, Gilenya® é aprovado para pessoas com Esclerose Múltipla Surto Remissão muito activa, apesar do tratamento com o interferão beta, ou em doentes em rápida evolução. O Gilenya®, a mais recente inovação terapêutica para os doentes de Esclerose Múltipla (EM), está aprovado para utilização hospitalar em Portugal pelo Infarmed, tendo sido reconhecido o seu valor terapêutico acrescentado.
 
Recomendações do CHMP para Gilenya®


As novas recomendações da União Europeia para Gilenya® identificam os doentes que podem ser menos tolerantes ou mais propensos a desenvolver alterações anormais da frequência cardíaca devido a outras condições subjacentes ou a medicação concomitante. As novas recomendações de monitorização da primeira dose não afectam os doentes que já tomam Gilenya®. Os doentes não devem fazer quaisquer alterações à sua medicação, incluindo Gilenya®, sem consultar o seu médico.
 
Novos dados de eficácia e segurança a longo prazo apresentados na Academia Americana de Neurologia

Novos dados apresentados na 64ª reunião anual da Academia Americana de Neurologia (AAN) reforçam a eficácia e o perfil de segurança de Gilenya®, a única terapêutica oral aprovada para o tratamento da Esclerose Múltipla Surto Remissão (MS). "Os dados que serão apresentados reforçam a nossa confiança na eficácia e segurança continuada de Gilenya®", disse David Epstein, Chefe da Divisão de Produtos Farmacêuticos da Novartis Pharma AG.
 
Os dados de extensão do estudo a 7 anos com fingolimod demonstram o sucesso do tratamento em doentes com Esclerose Múltipla Surto Remissão. Os resultados de extensão do estudo de fase III e de 7 anos do estudo de fase II demonstram a baixa actividade da doença avaliada por critérios clínicos e imagiológicos em doentes em tratamento contínuo com Gilenya® (fingolimod). Os resultados do estudo de Extensão demonstram um perfil de segurança de Gilenya® consistente com os resultados dos estudos principais.

PROTOCOLO PRETENDE REDUZIR EM 18% O NÚMERO DE MORTES POR INFARTO

23/04/2012 |


Expectativa é de que o programa seja implementado pelo Sistema Único de Saúde.

Hospital do Coração de São Paulo se inspirou em procedimentos de segurança em voos comerciais.

Um conjunto de procedimentos desenvolvidos pelo Hospital do Coração de São Paulo (HCor) pode reduzir em 18% o número de mortes por infarto. Baseadas no esquema de segurança das companhias aéreas, as ações garantem que as equipes médicas sigam os protocolos essenciais no tratamento de pacientes com ataque cardíaco.

O trabalho começou com uma pesquisa em 34 hospitais públicos selecionados de modo a permitir uma mostra representativa da realidade do sistema. O diretor do Instituto de Ensino e Pesquisa HCor, Otávio Berwanger, explica que o estudo constatou que apenas metade dos pacientes recebiam todos os tratamentos de acordo com o protocolo nas primeiras 24 horas.

Segundo ele, a falta de aplicação de todos os protocolos ocorre em todo o mundo e não está ligada a desconhecimento ou negligência dos profissionais. Para Berwanger, em uma emergência de hospital, o comportamento dos médicos e enfermeiras acaba seguindo um padrão semelhante ao dos passageiros de um avião.

Para confirmar a hipótese, foi escolhida, aleatoriamente, a metade dos hospitais da amostra para receber uma intervenção semelhante à dos procedimentos de checagem de segurança adotados nos voos comerciais.

— Nós pedimos para uma enfermeira atuar como uma gerente de caso, que é que nem a aeromoça que checa se você desligou o celular e colocou a cadeira na posição vertical — compara Berwanger.

Além disso, foram estabelecidas marcações no prontuário e colocada uma pulseira no paciente para indicar a possibilidade de ataque cardíaco e a gravidade dos casos, garantindo atendimento prioritário. O diretor do HCor ressalta que o atendimento correto nas primeiras 24 horas é fundamental para evitar complicações.

— Fizemos isso durante oito meses nos hospitais. Ocorreu um aumento de 18% na adesão aos padrões nas primeiras 24 horas e 19%, em toda a hospitalização — revela.

De acordo com Berwanger, a cada 10% de aumento na adesão às diretrizes, há uma redução de 10% na mortalidade dos pacientes. Como o projeto foi apoiado pelo Ministério da Saúde, o diretor do HCor acredita que há "um grande apelo" para que os procedimentos sejam implementados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

LEI DE ACESSBILIDADE É DESRESPEITADA NA ILHA

Nem todo brasileiro tem assegurado o direito de ir e vir, previsto no Artigo 5 da Constituição Federal. O país tem cerca de 13,2 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência física, de acordo com o Censo 2010 do IBGE, e muitas delas enfrentam obstáculos ao saírem de suas casas. São calçadas malconservadas, pisos desnivelados, bueiros destampados e degraus que dificultam a passagem de quem usa cadeiras de rodas. A Lei de Acessibilidade, criada em 2004, exige que toda construção de uso coletivo ofereça facilidades a cadeirantes. Mas um passeio pela Ilha do Governador mostra que a regra não é seguida em vários pontos da região.

Era uma manhã de sol no verão de 1981 quando o então soldado da Aeronáutica Eraldo Cavalcanti, na época com 19 anos, bateu a cabeça num banco de areia ao mergulhar na Praia do Galeão com três amigos. Ele ficou tetraplégico e, hoje, faz um grande sacrifício para sair de casa.

Ladeiras e degraus se tornaram os principais obstáculos para Cavalcanti. Apesar de ser motorizada, sua cadeira de rodas não consegue percorrer vários trechos do Jardim Guanabara, bairro onde mora. A Praia da Bica, com um quilômetro de extensão, tem apenas três rampas de acesso à calçada, e no cruzamento com a Rua Ipiru, por onde ele passa, veículos passam em alta velocidade.

- Perdi a conta das vezes que arrisquei minha vida subindo o meio-fio. Recentemente, um ônibus passou a menos de um metro de mim. Ninguém respeita o cadeirante - diz Cavalcanti, que coordena um grupo de apoio a 35 pessoas com deficiência.

Reivindicar acessibilidade também nos ônibus é uma das principais bandeiras do grupo de Cavalcanti. De acordo com a prefeitura, o Rio tem 4.007 veículos adaptados, o que representa aproximadamente 60% da frota. Segundo o Decreto municipal 29.896, de 23 de setembro de 2008, toda ela precisa estar preparada para receber cadeirantes até o fim de 2013.

- Muitos ônibus não têm condições de transportar cadeirantes. Os poucos motoristas que param para nosso embarque estão despreparados, não sabem utilizar os equipamentos especiais. Já cansei de ensiná-los a mexer no elevador - denuncia a coordenadora da Associação Carioca de Portadores de Distrofia Muscular, Maria Clara Migowski.

Os cadeirantes que têm a oportunidade de usar carros também encontram problemas. O advogado José Carlos Borges leva todos os dias seu filho Bernardo, de 17 anos, que sofre de distrofia muscular, para a escola. O Colégio Modelar Cambaúba, no Jardim Guanabara, onde o jovem estuda, solicitou à CET-Rio a criação de uma vaga especial. Apesar de uma placa de trânsito garantir o espaço, é comum veículos sem o cartão de exclusividade pararem ali.

- É impressionante como as pessoas não respeitam - lamenta Borges.

O Caderno Ilha comprovou isso durante uma visita ao hipermercado Extra, na Portuguesa, que destinou oito vagas de estacionamento para deficientes físicos - 1% do total, como determina a lei. Cinco estavam ocupadas por carros sem a identificação necessária.

Há, ainda, locais que simplesmente ignoram a Lei de Acessibilidade. Aberto um mês atrás, o restaurante Contemporâneo, na Estrada do Galeão, na Portuguesa, tem um degrau na porta. O mesmo problema é visto na Confeitaria Faisão Dourado, na Rua Cambaúba, no Jardim Guanabara. A lanchonete McDonald's da Estrada do Galeão obriga o cadeirante a usar a entrada do drive-thru, mas a porta de acesso à loja é tão estreita que impede a passagem de algumas cadeiras de rodas. Na mesma via, uma agência da Caixa Econômica Federal tem escada na entrada e nenhuma rampa de acesso.

- Não entendo como esses estabelecimentos conseguem alvarás de funcionamento sem se adequarem às exigências da lei. Falta rigor da prefeitura - reclama Borges.

O Caderno Ilha procurou os estabelecimentos para comentar o assunto. A direção do Contemporâneo prometeu instalar duas rampas para portadores de deficiência na próxima semana. Já o McDonald's se comprometeu a fazer obras de adequação em 45 dias. A gerência da Faisão Dourado reconheceu o problema, mas não estabeleceu prazo para se adequar às normas de acessibilidade. Até o fechamento desta edição, a Caixa não se posicionou.

Questionada sobre a aplicação de multas para os estabelecimentos que descumprem a lei, a Secretaria municipal de Urbanismo não se manifestou.

QUANDO O ESPORTE É FATAL

21 de abril de 2012


Morosini caiu em campo aos 31 minutos do primeiro tempo, e a causa de sua morte ainda está sendo investigada.
Morte de atleta italiano reacende polêmica sobre quão seguros estão os esportistas.

Ao cair desacordado no gramado durante uma partida da segunda divisão do campeonato italiano de futebol no sábado passado, o jogador Piermario Morosini, 25 anos, centrou as luzes do noticiário esportivo mundial novamente em um tema de grande repercussão: a incidência de morte súbita entre jovens atletas de alto rendimento.

Ainda que casos como os do meio-campista do Livorno gerem comoção e suscitem dúvidas sobre o quão seguros estão os esportistas, especialistas asseguram que por trás desse tipo de óbito estão, frequentemente, problemas não diagnosticados na estrutura ou no sistema elétrico do coração.

Pós-doutor em cardiologia do exercício e do esporte pela Universidade de Stanford e médico do esporte, Ricardo Stein explica que a morte súbita cardíaca é um evento inesperado, no qual a pessoa tem perda súbita de consciência, seguida de parada cardíaca. Stein pondera que tal evento não ocorre em atletas sem algum tipo de doença preexistente. O esporte não seria responsável direto, mas apenas uma espécie de gatilho em alguém já portador de cardiopatia.

Conforme o coordenador do Sport Checkup HCor (Hospital do Coração) de São Paulo, o cardiologista Nabil Ghorayeb, dados do Comitê Olímpico Internacional (COI) apontam que a morte súbita atinge anualmente 30 atletas com menos de 35 anos no mundo. Entre as principais causas estão problemas cardíacos congênitos ou genéticos (50%), infarto do miocárdio provocado por má alimentação ou colesterol elevado (10%) e problemas cardiológicos diversos (cerca de 35%). Apenas 5% das mortes são ocasionadas por problemas que não envolvem o coração, como aneurisma cerebral ou embolia pulmonar.

A morte de Morosini após uma parada cardíaca provocou impacto ainda maior por ser o terceiro drama desse tipo envolvendo um atleta jovem a ter destaque na mídia internacional em pouco mais de um mês. Em março, o jogador de futebol Fabrice Muamba, 23 anos, da equipe do Bolton, também sofreu uma parada cardíaca em campo, durante jogo do campeonato inglês. Devido ao atendimento médico imediato, o atleta conseguiu se salvar. Em outro incidente registrado no mês passado, o italiano Vigor Bovolenta, 37 anos, morreu após sofrer um mal súbito durante jogo da segunda divisão do campeonato italiano de vôlei.

Sintomas

Fique atento e procure um médico se você sentir algum dos sintomas abaixo enquanto estiver praticando exercícios (ou se tiver algum histórico de problemas cardíacos):

> Dor ou desconforto no peito

> Tontura ou desmaios

> Falta de ar

> Piora no rendimento

> Elevação na pressão arterial

> Palidez e suor frio

> Alterações na visão

 Fonte: Ricardo Stein, pós-doutor em cardiologia do exercício e do esporte pela universidade de Stanford



O valor do diagnóstico precoce

 

No comando de um levantamento que já avaliou as condições cardíacas de mais de 10 mil atletas na capital paulista, Nabil Ghorayeb ressalta que a miocardiopatia hipertrófica é a causa de um terço das mortes súbitas em atletas com menos de 35 anos. A moléstia pode ser identificada por meio de um simples eletrocardiograma de repouso, de um ecocardiograma ou da ressonância cardíaca.

Na miocardiopatia, há o crescimento anormal do septo intraventricular, uma parte do coração que fica entre os dois ventrículos, que pode potencializar arritmias ou a isquemia do músculo cardíaco.

Outra enfermidade – responsável por 10% a 12% das mortes súbitas – é a miocardite, causada por um vírus que pode provocar arritmias. Na raiz do problema, está o excesso de treinamento, que diminui a imunidade do esportista, abrindo as portas do organismo à ação do vírus.

Responsável por uma equipe que atende jogadores do Santos e do São Paulo e os atletas olímpicos brasileiros, Ghorayeb afirma que a recomendação no Brasil é de que atletas de esportes coletivos façam exames cardiológicos pelo menos uma vez por ano, enquanto os esportistas de alto rendimento, como triatletas, devem ser submetidos aos testes semestralmente. Em clubes de futebol como Grêmio e Inter, há exames cardíacos desde as categorias de base. Especialista em medicina do esporte e médico do Inter, o fisiologista Luiz Crescente explica que amadores e profissionais passam anualmente por um eletrocardiograma de repouso e por eletrocardiograma de esforço e ecocardiograma a cada dois anos.

– Estou há 17 anos no Inter. Os casos são raros, só que estão aparecendo mais – afirma Crescente.

Além da avaliação correta, o atendimento rápido após o mal súbito pode ser fundamental para aumentar as chances de sobrevivência. Como 95% das paradas cardíacas que levam à morte no esporte ocorrem por um efeito elétrico chamado fibrilação ventricular, o uso do desfibrilador tem papel fundamental na tentativa de reversão do quadro. E é ao atendimento imediato com desfibrilador que o jogador de futebol congolês Fabrice Muamba, da equipe do Bolton, deve a vida.

– Ele foi desfibrilado 16 vezes em uma hora e meia. Por isso que se salvou – define Ghorayeb.


Distribuição de causas cardiovasculares na morte súbita em atletas com 35 anos de
idade ou menos:


Cardiomiopatia hipertrófica 36%

Anomalias da artéria coronária 17%

Hipertrofia idiopática do ventrículo esquerdo 8%
Miocardite 6%

Displasia arritmogênica do ventrículo direito 4%

Prolapso da válvula mitral 4%

Ponte miocárdica 3%

Doença da artéria coronária 3%

Estenose aórtica 3%

Canulopatias iônicas 3%

Cardiomiopatia dilatada 2%

Ruptura aórtica 2%

Sarcoidose 1%

Outras doenças congênitas do coração 2%

Outras 3%

Coração normal 3%


Comoção na quadra

 

Presenciei a morte na quadra na noite de 1º de maio de 2009. Estava no Ginásio Poliesportivo, em Santa Cruz, a registrar as impressões da derrota da Assaf para a ACBF por 6 a 3, pelo Estadual de futsal. Ouvi o xodó da torcida da Assaf, o pivô Rabicó, ex-seleção brasileira. Mesmo aos 39 anos, com a balança acima dos três dígitos, ele entrou, marcou seu gol e saiu a oferecer o coração para o público. Teve o nome gritado em uníssono.

Fiz a entrevista e virei de costas, enquanto o goleador seguiu a falar no microfone da Rádio Santa Cruz.

– Rabicó, você recebeu a bola e marcou o seu. Esse é o Rabicó!

– É, com certeza, eu acho que....

Um estrondo silenciou o ginásio. Inclinei a cabeça para o lado e vi Rabicó deitado, tremendo. Sob olhares atônitos, o pivô tentou se levantar, ficou de quatro, mas voltou a tombar.

Uma ambulância veio e duas pessoas ergueram a maca com o corpo do jogador. Com o movimento, vi sua mão despencar, mole. Poucas horas depois, no Hospital Santa Cruz, os médicos confirmaram a morte de José Carvalho da Cunha Júnior, o Rabicó. Uma parada cardíaca tirou a vida do paraibano, artilheiro por Vasco, Atlético-MG e Barcelona.

Contei a história para Ricardo Munir Nahas, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte. Nahas comentou que, pela idade, Rabicó estava exposto a problemas cardíacos, e que mantinha hábitos que aumentavam a propensão de infarto: fumava, bebia e brigava com a balança. Para o médico, envelhecer sendo um atleta de alto rendimento exige autoconhecimento. O corpo cobra tantos anos de esforço, em especial dos joelhos e tornozelos. O apetite segue voraz, acima da queima de calorias. E o psicológico fica abalado. É importante saber parar enquanto o corpo aguenta. Forçá-lo pode ter consequências trágicas, como naquele noite em Santa Cruz do Sul.

MÚSICOTERAPIA , MÚSICA DO BEM

21 de abril de 2012


Apreciar obras clássicas pode evitar a rejeição do organismo a tecidos e órgãos transplantados.

Ouvir peças e óperas clássicas é um hábito que proporciona momentos de relaxamento. O que muitos amantes da música não imaginam é que o efeito dessas composições ultrapassa o puro prazer. Além de combater problemas como ansiedade e desconforto físico, como já demonstrado em alguns estudos, obras como La Traviata e peças de Mozart podem ajudar a diminuir a rejeição a órgãos transplantados. Por mais estranha que a ideia pareça, essa foi a conclusão de uma pesquisa realizada em ratos de laboratório e publicada na mais recente edição do Journal of Cardiothoracic Surgery. Outro efeito do som harmonioso, de acordo com a mesma investigação, realizada no Japão, seria o fortalecimento do sistema imunológico.

Masateru Uchiyama, pesquisador da Universidade de Jutendo e chefe do estudo, diz que a música tem papel importante na cultura humana. Por isso, muitos cientistas estudam seus efeitos psicológicos, com resultados surpreendentes.

– A música pode melhorar o raciocínio lógico, reduzir o estresse, trazer sentimentos de conforto e relaxamento, promover a distração de uma dor e melhorar os resultados da terapia clínica – destaca o cientista.

De acordo com o imunologista Paulo Soares, há um dado consistente: o sistema imunológico é complexo e interage com o ambiente. Devido a isso, é plausível que ele esteja ligado a outras variáveis, além da música, que podem acalmar ou relaxar.

– O artigo especula que a música agiu no sistema dopaminérgico, ligado a vários centros de prazer e bem-estar do corpo. Provavelmente, o mecanismo pelo qual o som diminuiu o ataque ao coração está relacionado a esse sistema.

Para Soares, a grande questão que gira em torno do transplante é modular as células defensoras para que elas entendam que o tecido estranho não é agressor. Sempre que uma pessoa recebe um transplante, o sistema imunológico é acionado. O estudo comprovou que a música clássica pode diminuir a atividade do organismo, atuando como uma espécie de anti-inflamatório.




Musicoterapia

João Negreiro Tebyriçá, presidente da Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia (Asbai), acredita que o artigo abre a possibilidade para a musicoterapia ser um elemento auxiliar na receptividade ao transplante.

– O mais interessante do estudo é que eles conseguiram medir a intervenção. Houve uma influência nas células que são ligadas ao processo de aceitação do órgão, que são chamadas de reguladoras; elas são importantes na prevenção de processos alérgicos e doenças autoimunes – afirma.



Emoções

Nelso Barreto, musicoterapeuta, explica que a música afeta diretamente o cérebro, tanto para o lado positivo, como para o negativo, influenciando as funções cognitivas.

– A música age no sistema límbico, responsável pelas emoções, mas envolve quase todas as regiões. Pode-se exemplificar isso da seguinte forma: ao escutar um som qualquer, ativam-se as estruturas subcorticais; se for um som ou uma música conhecida, ativa-se a memória. Ao se cantar uma canção, o cerebelo que é ativado”.

FONTE:http://www.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a3733863.xml&template=3898.dwt&edition=19436

ARTROSE GANHA NOVO TRATAMENTO

21 de abril de 2012


Pesquisa divulgada no Congresso Europeu de Osteoporose, que ocorreu em Bordeaux, na França, entre os dias 21 e 24 de março, concluiu que o ranelato de estrôncio (Protos) é eficaz no tratamento da osteoartrite, ou artrose. O medicamento, que está no mercado há mais de 10 anos, é indicado para o tratamento da osteoporose, mas mostrou que regride a progressão da doença. O mercado não lança nenhuma novidade para o tratamento da artrose há 20 anos, e os médicos esperam uma revolução no cenário.

O estudo, comandado por Cyrus Cooper, foi realizado em 18 países, em 98 centros de saúde, com 1.371 pacientes entre 62 e 72 anos. Dentre eles, 69% eram mulheres e 31% homens. A pesquisa, feita ao longo de três anos, comprovou que ele protege a cartilagem, agindo diretamente no condrócito (célula que forma o tecido muscular). A substância diminui a absorção e aumenta a formação da cartilagem. Além de prevenir a progressão da doença, a substância melhora também a dor articular e a função física dos pacientes. Os participantes da pesquisa apresentaram redução de 27% na perda de cartilagem, o que significa cerca de um ano de perda do tecido. Os resultados são tão surpreendentes que podem ser vistos através de um simples exame de raio X.

A osteoartrite é uma das doenças musco-esqueléticas mais frequentes, atingindo cerca de 10% da população mundial. As drogas que estão no mercado, atualmente, não mostram nenhuma modificação na doença, agem apenas no alívio da dor. O Protos comprova benefícios clínicos para pacientes com Osteoartrite até o nível 3 (nível em que o paciente ainda possui cartilagem) e tem um custo mais acessível que os demais medicamentos.

DOR , UMA QUEIXA COMUM

21 de abril de 2012



Problema pode surgir em qualquer parte do corpo.
Saiba como tratar a síndrome dolorosa miofacial.


A síndrome dolorosa miofacial é uma das patologias que mais estão presentes no consultório médico, não só em especialidades médicas voltadas para o tratamento da dor (reumatologia, fisiatria), mas também no consultório de outro especialistas, simulando várias condições clínicas, desde dor nas costas de origem radicular (por compressão de nervos), até mesmo dores torácicas que podem ser confundidas com problemas pulmonares e cardiológicos.

– A síndrome dolorosa miofacial é caracterizada pela formação de espessamentos musculares, que podem se localizar em qualquer músculo do corpo humano, resultando inúmeras vezes em incapacidade severa quando não tratada de forma adequada – afirma a fisiatra Luciane Robaina.

Para realizar o tratamento adequado, em primeiro lugar, é necessário realizar o diagnóstico diferencial com outras patologias. Após, o paciente deverá ser tratado por equipe interdisciplinar, através de várias modalidades: hidroterapia, fisioterapia convencional, acupuntura com agulhamento das bandas tensas, tratamento medicamentoso. Podem também ser introduzidas modalidades como o pilates e o RPG.

Segundo o reumatologista Armando Miguel Jr., além de ser difícil de diagnosticar, a síndrome não é sujeita ao mesmo tipo de abordagem terapêutica de outras doenças.

O tratamento é individualizado, de acordo com o quadro clínico do paciente, suas preferências e disponibilidades – afirma.