UMA DOENÇA NEUROLÓGICA

28 de janeiro de 2012


VÍCIO

A maioria das pessoas costuma tomar um drinque ou outro em ocasiões sociais. Mas entre 5% e 10% da população não sabe a hora de parar e, independentemente da situação, sente uma vontade irresistível de beber. Embora ainda não se saibam as causas primárias do alcoolismo, pela primeira vez pesquisadores conseguiram mostrar que o cérebro dos alcoolistas se comporta de uma maneira diferente, proporcionando uma sensação de bem-estar mais intensa e prolongada.

Em qualquer dosagem maior que 0,02g por 100ml no sangue – equivalente a meia lata de cerveja –, o álcool provoca reações no sistema nervoso central. No cérebro, a bebida libera neurotransmissores na região relacionada à recompensa, trazendo sensações agradáveis. Agora, uma equipe de neurocientistas do Instituto de Pesquisas Ernest Gallo, da Universidade da Califórnia, descobriu como isso acontece.

A principal autora da pesquisa, Jennifer Mitchell, explica que, na superfície dos neurônios, existem grandes moléculas que funcionam como receptoras de opioide. Quando uma pessoa bebe, estes receptores liberam endorfina em um agrupamento de neurônios chamado nucleus accumbens, que faz parte do sistema de recompensa do cérebro, fundamental para atribuir prazer a atividades como se alimentar.

Segundo os neurocientistas, essa é a primeira vez que os padrões são observados em seres humanos.

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