ENFERMEIRA LUTA CONTRA DOENÇA NEURODEGENERATIVA

03 de Janeiro de 2012

 

 

No dia 7 de julho de 2011, quando completou 30 anos, a enfermeira Tamara Schütze, de Balneário Gaivota, descobriu que sofre de esclerose lateral amiotrófica, uma doença neurodegenerativa que atinge os músculos (inclusive os órgãos). De lá para cá, ela, a família e os amigos lutam para angariar fundos e viabilizar um tratamento com células tronco na Alemanha para que a doença estacione. A pretensão de Tamara é viajar até o final do mês de fevereiro.

A amiga da enfermeira, Bruna Simplício Fernandes, conta que até descobrir a doença Tamara fez inúmeros exames, chegou a pensar que estivesse com o vírus HIV e até com meningite, mas após 15 dias de exames em Porto Alegre (RS) teve o diagnóstico da doença que já a faz perder a força nas pernas e atinge a firmeza do lado direito do corpo. “Ela chegou a pensar que, como havia trabalhado durante algum tempo como faxineira nos Estados Unidos estaria sofrendo alguma conseqüência do esforço. Mas não foi e a Tamara tem piorado de forma muito rápida”, lamenta a amiga.

Corrente do bem - De acordo com Bruna, a possibilidade do tratamento surgiu após as amigas da universidade se unirem e conseguirem com apoiadores uma bicicleta, um forno de microonda e uma sanduicheira para sortear em uma rifa . Com o dinheiro, comprariam uma cadeira de rodas em razão dos problemas futuros acarretados pela doença.


Mas durante a venda de um bilhete, o pai de Tamara soube de um homem morador de Urussanga, com o mesmo problema, que se tratou na Alemanha e conseguiu estacionar a doença e retomar as atividades. A partir daí, conta Bruna, começou a corrida para levar Tamara até a Europa. “O tratamento custa R$ 50 mil, até agora conseguiumos apenas R$ 5 mil. A família está em uma economia de guerra”.

O tratamento – Tamara passou a procurar ajuda e a encontrou na Ong Viva Vida, do Piauí, que encaminha e faz a ponte dos pacientes do Brasil até a clínica alemã. “Me certifiquei da seriedade e do trabalho da ONG, conversei com pacientes que tiveram sucesso e apostei as fichas nisso para poder retomar minha vida e minhas atividades. Essa doença é uma sentença de morte”. Uma vez na Alemanha, Tamara permanecerá por sete dias na clínica. As células-tronco serão retiradas da pélvis e reaplicadas no corpo. Ao retornar a Balneário Gaivota, a enfermeira vai dedicar-se ainda mais aos exercícios de fisioterapia.

A doença – Conforme Tamara , a esclerose lateral amiotrófica acontece quando os neurônios motores não mandam mais mensagens para os músculos. Ela explica que a doença que adquiriu não foi de forma hereditária. “Minha mão direita não responde mais, tenho deformações de atrofia. Ações simples que exigem força e habilidade não consigo mais executar, como segurar um prato ou prender o cabelo. Minha doença tem avançado rápido demais. Já tivemos que alargar portas aqui em casa e colocar barras nas paredes”.

Para ajudar - Depósitos em conta-poupança na Caixa Econômica Federal - Agência 2892, conta número 12058-6 operação 013

Para comprar a rifa, o bilhete custa R$ 5 – telefone a rifa corre dia 21 de janeiro pela Loteria.

E nesta sexta-feira à tarde, um grupo de amigos vai promover um pedágio na entrada de Balneário Gaivota para ajudar Tamara.

FONTE:http://www.engeplus.com.br/0,,40475,Enfermeira-luta-ctra-dnca-neuregenerativa.html#

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