EXERCICIOS PARA OS RONCADORES

30 de julho de 2011


RONCO

Um problema mais do que sonoro

Uma das mais recentes alternativas utilizadas para tratar o ronco envolve uma série de exercícios, capazes de fortalecer a musculatura da garganta envolvendo a língua e o palato mole (parte posterior do céu da boca).

Segundo especialistas, isto pode reduzir em até 40% a gravidade e os sintomas da apneia do sono, distúrbio que tem como características ronco alto e interrupções da respiração durante o sono.

Os exercícios – que envolvem vários movimentos da língua foram desenvolvidos pela fonoaudióloga Kátia Carmello Guimarães em parceria com médicos do Instituto do Sono do InCor (Instituto do Coração de São Paulo) – têm se mostrado eficazes para minimizar o problema. A recomendação é que eles sejam feitos com a orientação de um fonoaudiólogo.
Mitos e verdades sobre o ronco
Dormir de barriga para cima aumenta o ronco.

NÃO NECESSARIAMENTE

De barriga para cima, os músculos tendem a obstruir a garganta com maior facilidade, aumentando a dificuldade da passagem do ar e as chances do ronco. Mas não é só mudar de posição que o problema está resolvido: em casos mais severos, o ronco recomeçará em qualquer posição.
Roncar separa casais.

VERDADE

Quem dorme com quem ronca sofre com o barulho e acaba tendo insônia, passando o dia cansado e sonolento. Na maioria dos casos, os casais passam a dormir separados.
Roncar é sinal de sono profundo.

MITO

É exatamente o contrário: quem ronca não dorme bem, não atinge sono profundo, não tem sono reparador, não relaxa e não descansa. Pode, ainda, ter apneia do sono.
Roncar pode causar disfunção erétil.

VERDADE

O corpo do roncador, por não descansar bem, acaba perdendo energia e sofrendo mais cansaço. Essas condições podem levar a problemas de ereção.
O ronco pode causar apneia.

VERDADE.

Roncar não é normal e pode ser um sinal do aparecimento da apneia do sono.
O ronco não tem solução.

MITO

O ronco é um distúrbio do sono de natureza crônica e pode ser controlado com diversos tratamentos.
Fonte: Fonte: Eduardo Rollo Duarte, odontologista, Incor, Denis Martinez, especialista em Medicina do Sono, Gerson Köhler, ortopedista facial.

Por que roncamos

> Quando dormimos, os músculos das vias aéreas relaxam – não só eles, mas toda a musculatura do corpo. Como eles ficam distensionados, acabam reduzindo o espaço por onde o ar passa.

> Ao passar por esse espaço, o ar faz tecidos como o palato mole, a língua e as amígdalas vibrarem, produzindo um ruído. É o ronco. Problemas como a obesidade agravam a situação, porque o acúmulo de gordura local diminui ainda mais o espaço para a passagem do ar.

Como parar de roncar

> As técnicas mais utilizadas para o tratamento do ronco são a utilização de aparelhos intra-bucais, utilizados para dormir, e que tem como objetivo ampliar o espaço da orofaringe. Outra metodologia é o uso do CPAP, uma espécie de máscara que injeta o ar positivamente pressurizado durante o sono do paciente. O problema é que nem todos conseguem se adaptar o uso destes aparelhos ou da máscara.

> O uso de travesseiros especiais até pode ajudar a diminuir os episódios e a intensidade do ronco, mas são poucos os pacientes que conseguem se acostumar com o artefato. De fato, dormir de barriga para cima facilita o roncador: a língua cai para trás, diminuindo o espaço da faringe. Nesse estado, a dificuldade de respirar provoca o desagradável ruído. Porém, mudar de posição só funciona em casos moderados.

> Fique leve. Quem está acima do peso pode comprimir suas passagens de ar o suficiente para incitar o ronco.

> Tente elevar a cabeceira com tacos sob os pés da cama. Elevar a cabeça, sem dobrar a barriga, pode melhorar a respiração.

> Evite álcool e refeições pesadas antes de dormir. O álcool relaxa a musculatura, e o excesso de comida eleva o diafragma, intensificando o problema.

> Consulte um especialista em Medicina do Sono ou um otorrinolaringologista, que farão um diagnóstico e poderão orientá-lo sobre o melhor tratamento, investigando se o ronco é causado por alergia nasal, infecção, deformidade ou por aumento de amígdalas e adenóides, por exemplo.




Nenhum comentário: