FINANÇAS APROVA APOSENTADORIA PARA MILITARES COM ESCLEROSE MÚLTIPLA.

30/06/2011

Doença já é reconhecida como incapacitante para o serviço público, dando ao servidor direito à aposentadoria por invalidez. 

 Jean Wyllys apresentou parecer favorável à proposta.

A Comissão de Finanças e Tributação aprovou na quarta-feira (29) o Projeto de Lei 5396/09, do Poder Executivo, que inclui a Esclerose Múltipla entre as doenças consideradas incapacitantes pelas Forças Armadas. O objetivo é assegurar o direito do militar portador da doença à reforma (aposentadoria para os militares), com direito ao recebimento do soldo do posto hierárquico imediatamente superior.
A proposta altera o Estatuto dos Militares (Lei 6.880/80). A doença já é reconhecida como incapacitante para o serviço público, dando ao servidor direito à aposentadoria por invalidez.
O relator da proposta, deputado Jean Wyllys (Psol-RJ), ressaltou que o próprio Ministério da Defesa, ao elaborar o projeto, considerou que a medida não implicará aumento de despesa para o órgão. O deputado recomendou a aprovação da proposta, e considerou o texto adequado do ponto de vista orçamentário e financeiro.

Esclerose

A Esclerose Múltipla é uma doença degenerativa do sistema nervoso central, ainda sem cura, que afeta o indivíduo de diversas maneiras – por exemplo, com perda da coordenação motora, visão dupla, fadiga e falta de sensibilidade nos membros.

Hoje, o Estatuto dos Militares prevê a reforma de militares acometidos por doenças como tuberculose, câncer maligno, cegueira, hanseníase, paralisia irreversível e mal de Parkinson, entre outras.

Tramitação

O projeto, de caráter conclusivo, segue para a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.


DÉFICIT PRECOCE.

28/06/2011 

Neurônios motores de paciente com forma atípica de Esclerose apresentam prematuramente níveis reduzidos de proteína.
Neurônio motor derivado de células de paciente com ELA do tipo 8 



Em 2004 pesquisadores do Centro de Estudos do Genoma Humano da Universidade de São Paulo (USP), um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepids) financiados pela FAPESP, descobriram que uma mutação no gene VAP-B, presente no cromossomo 20, causa uma forma atípica de esclerose lateral amiotrófica (ELA). Batizada de ELA do tipo 8, a doença provoca a morte dos neurônios motores, tornando progressivamente rígidos e frágeis os músculos dos pacientes. Os doentes manifestam a ELA8 por volta da quarta década de vida e, após o aparecimento dos primeiros sintomas, sua sobrevida varia de 5 a 25 anos. Agora o mesmo grupo da USP, em colaboração com colegas brasileiros e estrangeiros de centro de estudos norte-americanos,  encontrou uma pista do mecanismo que parece estar envolvido na destruição desse tipo de neurônio. Os cientistas conseguiram gerar neurônios motores de pacientes com ELA8 e constataram que os níveis da proteína VAP-B, cuja produção é controlada pelo gene homônimo, se encontram mais reduzidos nesse tipo de célula.

Leia também: “Em busca de conexões”.
“É a primeira vez  que isso foi feito com essa forma hereditária de esclerose lateral amiotrófica”, diz a geneticista Mayna Zatz, coordenadora do Centro de Estados do Genoma Humano e uma das coordenadoras do trabalho, que rendeu um artigo publicado no dia 17 deste mês na edição eletrônica da revista científica Human Molecular Genetics. Os neurônios motores foram derivados in vitro de células-tronco de pluripotência induzida (iPSC, na sigla em inglês) que, por sua vez, haviam sido geradas a partir de um tipo de célula da pele, os fibroblastos, de pacientes com a doença.  

Essa parte do trabalho foi feita no laboratório do brasileiro Alysson Muotri, na Universidade da Califórnia em San Diego (UCSD), outro coordenador do estudo. O biólogo Miguel Mitne-Neto, então aluno de doutorado de Mayana, passou um ano, entre setembro de 2009 e outubro de 2010, na UCSD aprendendo a técnica e fez a reprogramação celular dos fibroblastos.  “ Como geramos iPSC a partir de um modelo genético de ELA, pudemos seguir o comportamento do gene relacionado à doença”, afirma Muotri. “Nossas descobertas podem agora ser testadas em outras formas de ELA”. Em 2008, um grupo da Universidade Harvard já havia gerado células iPSC e, em seguida,  neurônios motores a partir dos fibroblastos de um paciente com uma forma não herditária de ELA, cuja origem era incerta e podia se dever a um misto de fatores ambientais e genéticos. 

No estudo da Human Molecular Genetics, foram gerados neurônios motores de sete pessoas, quatro doentes e três sadias, provenientes de duas famílias de brasileiros. “Nossa ideia no experimento era imitar o que ocorre com as células nervosas dos pacientes”, diz Mitne-Neto. “Constatamos que, desde o estágio de pluripotência celular, a expressão da proteína VAP-B é menor nos portadores da mutação associada à ELA8 do que nos membros do grupo de controle.”  Em outras palavras, mesmos antes de se diferenciar em neurônios, as células iPSC dos doentes já apresentam níveis até 50% menores do que o normal da proteína.  

Como a doença só se manifesta clinicamente quando os portadores da mutação atingem a meia idade, os cientistas trabalham com a hipótese de que o organismo consegue funcionar a contento durante um bom tempo apesar de apresentar precocemente um déficit na produção da VAP-B. Por algum motivo ainda ignorado, depois da quarta década de vida, os neurônios motores dos pacientes começam a morrer e a falta da proteína se torna fatal. “A deficiência em VAP-B desde os estágios iniciais do desenvolvimento pode servir como um biomarcador da doença, possibilitando um planejamento e intervenção antes dos sintomas aparecerem” diz Muotri. Segundo os pesquisadores, a tecnologia das iPSC pode ser importante para gerar modelos in vitro desse tipo de esclerose e, assim, descobrir eventualmente alguma forma eficaz de intervir nesse processo neurodegenerativo.



HERPES LABIAL PODE TER RELAÇÃO COM EXTRESSE E EXCESSO DE ÁLCOOL

29/06/2011

Infecção se manifesta quando a imunidade baixa e, se for frequente, pode ser tratada com imunoterapia

A herpes labial é uma infecção muito comum causada por um vírus ao qual quase todos já estivemos expostos, porém, apenas em algumas pessoas ele é "ativado" e a doença se desenvolve. Como costuma-se de acreditar, a manifestação da herpes realmente poder estar relacionada ao estresse e essa geralmente é a sua principal causa.

— Ela se manifesta quando a imunidade diminui, também após situações como consumo excessivo de álcool, queimaduras solares, procedimentos dermatológicos, infecções com febre — explica a dermatologista Carolina Feijó.

O processo infeccioso começa com uma coceira ou mancha vermelha que pode causar ardência no lábio. Posteriormente, surgem as vesículas — que são pequenas bolhas de água — que depois começam a secar e formar uma casquinha e cicatrizar.

— O momento das vesículas é o mais contagioso, por isso, é recomendado que se tome alguns cuidados, como não beijar, não compartilhar talheres, copos e toalha, etc — afirma a médica.

O uso de pomadas antivirais é indicado para amenizar os sintomas e diminuir o ciclo do vírus, que dura em torno de cinco dias.

— Quando a infecção é muito frequente, pode-se partir para o tratamento imunoterápico, com aplicação de vacinas — diz Carolina.

Segundo a dermatologista, a utilização diária de protetor labial ou hidrante nos lábios ajuda na prevenção contra o problema, pois cria uma barreira de proteção no local.



MARCÍLIO FLORESTI EXPÕE NA GALERIA CCBEU

28/06/2011 

Artista começou na pintura há quatro anos, com Marília Napi. 

Obras de Marcílio Floresti em exposição até 25 de julho - Foto: Ricardo Prado 

Paisagens, figuras humanas abstratas, flores, pássaros são alguns dos temas trabalhados por Marcílio Alberto Floresti na exposição “Arte Terapia”, instalada na Galeria de Arte CCBEU - Espaço Cultural “Prof. Edmond Atallah”. A mostra fica aberta ao público até o dia 25 de julho.

Nas telas, cores fortes e uma grande variação de estilo. O artista trabalha do figurativo ao abstrato e diz ter predileção pelas paisagens, embora na mostra leve ao público uma gama de temas, alguns até reflexivos.

Marcílio Floresti pinta há quatro anos. Começou por indicação médica para melhorar o quadro de Esclerose Múltipla, do qual é portador. Começou as aulas de pintura com a artista plástica e professora Marília Napi. O que era distração se tornou foco na vida de Floresti. “Hoje considero a arte um meio de fugir das dificuldades da doença. As dificuldades que tenho não aparecem quando estou em frente às telas”, conclui.

CHRIS NTTH APOIA CAMPANHA CONTRA DIABETS

29/06/2011 08h00



Chris Noth campanha diabetes
Lembra do Mr. Big, o tão desejado bofe da Carrie (Sarah Jessica Parker), em Sex and the City? Pois bem, o ator Chris Noth, que deu vida ao personagem, está engajado em uma campanha de conscientização de diabetes.

Noth é o novo rosto da campanha Ask.Screen.Know, para incentivar as pessoas a fazerem exames e reeducar seu estilo de vida, prezando por uma uma alimentação saudável e mais exercícios físicos.

Quando questionado sobre o papel que as celebridades desempenham na disseminação de campanhas desse tipo, Noth foi rápido em dizer que ele está lá para "despertar a curiosidade das pessoas". O ator mencionou que um rosto familiar atrai com mais facilidade a atenção das pessoas. "Eu não sou médico, as pessoas me conhecem de 'Sex and the City' e 'Law & Order'. Se eu conseguir a atenção deles, então que assim seja", diz Noth

Vários atores, estrelas do esporte, cantores e personalidades da televisão já foram porta-vozes de campanhas sérias de saúde.
Michael J. Fox tornou-se praticamente sinônimo de doença de Parkinson, doança com a qual foi diagnosticado em 1991 e inclusive fundando uma fundação de pesquisa dedicada à doença em 2000. Magic Johnson também esteve à frente de uma campanha de HIV/AIDS, Lance Armstrong de câncer, Brooke Shields de depressão pós-parto e Montel Williams de Esclerose Múltipla, todos promovendo a conscientização e pesquisas das doenças que eles próprios sofrem ou sofreram. Outros, incluindo Chris Noth, têm sido atraídos para estas causas por familiares ou amigos.

GENES ASSOCIADOS À MAGREZA TÊM RELAÇÃO COM DOENÇAS DO CORAÇÃO

28/06/2011 1

Variantes do gene IRS1 reduzem a gordura sob a pele, mas não eliminam a gordura em torno dos órgãos  

Genes relacionados à magreza estão sendo ligados a problemas cardíacos e diabetes tipo 2, problemas geralmente associados ao excesso de peso. O estudo realizado pelo Conselho de Pesquisa Médica do Reino Unido e publicado na revista Nature Genetics sugere que variantes do gene IRS1 reduzem a gordura sob a pele, mas não eliminam a gordura mais perigosa — que fica em torno de órgãos como o coração e o fígado.

Os pesquisadores, segundo a BBC News, analisaram os genes de mais de 76 mil pessoas. A ligação entre as variantes genéticas e as condições comprovadas pelo estudo seriam mais forte nos homens.

A médica Ruth Loos, que conduziu a pesquisa, admitiu que a descoberta foi intrigante.

— Não são somente os indivíduos acima do peso que podem estar predispostos a essas doenças metabólicas, da mesma forma que magros não devem supor que são saudáveis com base apenas na sua aparência — disse.

De acordo com Ian Frame, diretor de pesquisa da ONG Diabetes UK, o estudo pode lançar luz sobre a razão pela qual 20% das pessoas com diabetes tipo 2 tem um peso saudável.

Os especialistas afirmam que, apesar da constatação não amenizar o fato de que a obesidade é maléfica para a saúde do coração, o resultado é um alerta para que as pessoas magras não descuidem da saúde. 

VOCÊ COMERIA CARNE ARTIFICIAL PARA O MUNDO?

28/06/2011 12:32

Segundo cientistas, cultivo em laboratório pode reduzir em até 96% as emissões de gases estufa associadas à produção comum, poupar energia, terra, água e vida animal.

 

No Brasil, a pecuária extensiva e o desmatamento associado respondem por 50% das emissões.

São Paulo – A ideia pode parecer bizarra, mas um número cada vez maior de cientistas ao redor do mundo vem se dedicando à produção de carne de laboratório, apontada como solução para acabar com os problemas ambientais relacionados à indústria pecuária e também como antídoto contra a fome mundial – afinal, em 2050, seremos 9 bilhões de habitantes em um planeta de recursos finitos.

Um estudo recente das Universidades de Oxford e Amsterdã mostra que a produção de carne artificial pode reduzir entre 78% e 96% as emissões de gases efeito estufa associadas à produção convencional. “O cultivo em laboratório é uma forma mais eficiente de produzir carne com impactos ambientais substancialmente menores do que os da indústria pecuária atual”, afirma à EXAME.com Hanna Tuomisto, cientista da Universidade de Oxford que dirigiu o estudo.
Mais, o método de produção de carne in vitro usaria até 40% menos energia e entre 82% e 96% menos água. Outra questão ambiental que seria resolvida é a da necessidade de grandes extensões de terra – o cultivo em laboratório exigiria apenas 1% de toda a área ocupada atualmente pela criação de animais ruminantes.
Hoje, pelos pastos do mundo, existem cerca de 1,5 bilhão de cabeças de gado bovino e bilhões de outros ruminantes esquentando o planeta com gás metano, que é liberado na atmosfera pela fermentação no processo digestivo ou pelos dejetos. No Brasil, a pecuária extensiva e o desmatamento associado à ela respondem por metade das emissões nacionais. Diante deste cálculo, o consumo de carne artificial pode levar a um saldo ambiental mais positivo para o planeta.

Tão saudável quanto salmão

De acordo com a pesquisadora, no processo de produção artificial, o animal aparece apenas como um doador de células-tronco. Depois de coletadas, sem risco à vida do bicho, elas são convertidas em célula musculares e cultivadas em um biorreator com substâncias e vitaminas que estimulam o crescimento do tecido. “O resultado final é um bolo de carne moída e não um pedaço de bife, mas ainda assim é carne, só muda o formato”, diz a cientista. Dependendo da espécie do animal doador, tem-se uma porção de carne de boi, de frango ou porco.
A carne in vitro também guarda outra peculiaridade – seu conteúdo nutricional pode ser controlado de modo se a ter um alimento sem gordura alguma ou com algum tipo de gordura saudável, como o ômega 3, presente em peixes como atum e salmão. Por si só, esse já seria um bom motivo para a carne de laboratório cair nas graças de muita gente que sofre com problemas de hipertensão e excesso de peso, condições que normalmente exigem alimentação mais frugal, sem os excessos de uma mesa farta de bifes suculentos.
 
Mas será que é fácil convencer a população a fazer uma mudança de hábitos alimentares como essa? Segundo Hanna, não há razões para rejeição. “ Muitas pessoas têm medo de novas tecnologias, mas, aos poucos, vão se acostumar a elas", prevê a cientista. "Primeiro, vão comer carne cultivada em alimentos processados, como salsichas e hambúrgueres. E se o gosto é bom e o preço é menor do que o da carne convencional, é muito provável que a maioria das pessoas optem por ela”.

Chegar a esse patamar, no entanto, não será fácil. A produção em laboratório ainda não tem escala comercial nem recursos suficientes. Mas nem tudo está perdido. Segundo Tuomisto, uma vez estabelecida a produção comercial e carne artificial, ela deve se tornar mais barata que a carne convencional ou, pelo menos, ter preço similar à carne de frango. Se com todas essas vantagens destacadas a carne ainda for saborosa, vai ser difícil resistir mesmo.





AVANÇO NA BUSCA DE NOVOS TRATAMENTOS PARA A ESCLEROSE MÚLTIPLA.

26.06.2011

Cientistas descobriram mecanismo molecular que poderia permitir desenvolvimento de novos tratamentos para Esclerose Múltipla.

Cientistas da University of Nottingham, no Reino Unido, descobriram um mecanismo molecular que poderia permitir o desenvolvimento de novos tratamentos para a Esclerose Múltipla. O professor Bruno Gran, do departamento de Neurologia Clínica, e o professor Paul Moynagh, da National University of Ireland, descobriram um composto químico sintético que inibe os sinais pró-inflamatórios produzidos pelo sistema imunológico na Esclerose.

O que torna essa química única é que, ao mesmo tempo, ela estimula o organismo a produzir interferon-beta, uma molécula anti-inflamatória, que é comumente injetada nos pacientes para tratar a enfermidade. Juntos, estes efeitos causam uma redução significativa na gravidade da doença em um modelo animal com Esclerose. Os pesquisadores também descobriram que as células do sistema imunológico obtidas a partir do sangue de pessoas com esclerose são mais sensíveis aos efeitos desta droga do que aquelas obtidas a partir de pessoas saudáveis.

" Sob condições laboratoriais, encontramos uma maneira de estimular o organismo a produzir sua própria interferon-beta. Quando outras substâncias experimentais foram testadas em laboratório para conseguir este efeito, elas fazem com que o sistema imunológico produza uma mistura de anti-inflamatórios e de moléculas pró-inflamatórias, o que comumente reduz a eficácia global. No caso do composto testado neste estudo (um canabinoide sintético conhecido como R ( ) WIN55 ,212-2), os efeitos predominantemente anti-inflamatórios parecem promissores para testes pré-clínicos e, esperamos, para testes clínicos" , diz Gran. 

 

FILME HOMENAGEIA PESSOAS COM ESCLEROSE MÚLTIPLA E AJUDA SPEM

 27/06/2011 - 13:54

"Tenho mas não todos os dias" é o título do novo vídeo, desenvolvido com chancela da Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla (SPEM), destinado a homenagear todas as pessoas com Esclerose Múltipla (EM), através de um poema escrito por João Negreiros e música criada exclusivamente para este projecto por Rodrigo Leão, avança comunicado de imprensa.

O vídeo está disponível no Facebook da SPEM (http://www.facebook.com/SPEM.Portugal) e quem visitar o endereço poderá participar numa campanha de sensibilização digital desenvolvida com o apoio da Biogen Idec, a empresa líder na investigação e comercialização de soluções terapêuticas para pessoas com Esclerose Múltipla. A mecânica é muito simples: durante um período de 15 dias, por cada “gosto/like” ao vídeo, a SPEM irá receber o donativo de 2€.


Para Manuela Duarte Neves, directora da SPEM “é um privilégio contar com o enorme talento e sensibilidade dos artistas, para transmitir de forma tão sensível e nobre a mensagem do que é ser portador de Esclerose Múltipla”.

De acordo com Sérgio Teixeira, Director Geral da Biogen Idec Portugal, “é com grande orgulho que nos associamos a esta iniciativa que tão bem transmite uma mensagem de confiança e optimismo aos portadores de EM. Enquanto líder mundial na luta contra a EM, a Biogen Idec está sempre disponível para apoiar projectos de entidades como a SPEM que ajudem a promover a esperança de todas as pessoas afectadas por esta doença”.

A ideia do "Tenho mas não todos os dias" nasceu a partir do relato de alguns sintomas da doença. Com base nesta experiência, João Negreiros, um dos mais reconhecidos e premiados poetas nacionais da nova geração, criou o poema “A dor mente” e Rodrigo Leão, um dos grandes nomes da música portuguesa, desenvolveu uma peça sonora única. O filme contou também com a participação do grupo Amigos da Esclerose Múltipla de Aveiro – AEMA.


CONQUISTA DE PESO,CONHEÇA O TRIO QUE PERDEU 81 QUILOS

Saúde | 26/06/2011 


Veja de que forma eles emagreceram com saúde.

Mudar a postura perante a comida e adotar uma rotina de queima calórica adequada não são atitudes para serem tomadas da noite para o dia. O grau de dificuldade aumenta quando se tenta incorporar a rotina saudável ao ponto de não representar sacrifício algum. Essa é a meta de todos aqueles que perseguem qualidade de vida. Poucos são os exitosos.

Para entender o que motiva esse “enxugar de gordura”, convidamos para contar suas artimanhas três pessoas que tiveram seus objetivos cumpridos e seguem de bem com o corpo. Cada um deles apostou em um guia, entre eles uma endocrinologista, uma nutricionista e um personal trainer.

A chave de toda essa conversa está na motivação. A terapeuta cognitiva Elisabeth Meyer destaca que os resultados mais duradouros são os iniciados por uma mudança interna:

— Emagrecer para atingir um padrão de beleza ou porque o médico mandou, geralmente, não dá certo. Contínuas são as tentativas que ocorrem pelo desejo de saúde e de qualidade de vida. É importante fazer com que a pessoa se ouça dizendo que precisa perder peso. Para isso, deve ser provocada.

O bombardeio de ofertas gastronômicas e convites para jantares tornam a luta contra a balança, a longo prazo, mais cruel do que contra os entorpecentes, destaca Elisabeth. Para se manter limpo, no entanto, é preciso adotar algumas estratégias. Nada de dietas miraculosas. A reeducação alimentar e a atividade física regular são os já manjados segredos do sucesso.

Um estudo da Escola de Educação Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) em parceria com o Hospital de Clínicas de Porto Alegre e finalizado no ano passado constatou que aqueles que aliam a dieta à atividade física tem resultados melhores com relação ao hormônio grelina, diretamente ligado à sensação de fome. Foram analisados 23 pacientes com obesidade de grau 1. Divididos em dois grupos, foi constatado que aqueles que fizeram apenas regime tiveram um aumento de 18,21% do hormônio que regula a fome, enquanto que os que praticaram exercícios aeróbicos aliados à dieta reduziram em 38% o hormônio do apetite. 
— Para obter resultados sólidos, é necessária a união de dieta e exercício físico. Tudo indica que quem apresenta a redução do hormônio da fome garante maior sucesso no emagrecimento — destaca André Luiz Lopes, autor da pesquisa e Mestre em Ciências do Movimento Humano da UFRGS.

A cardiologista e médica do esporte Cátia Boeira Severo explica que depois de oito semanas do repertório seguido à risca já é possível notar alguma diferença tanto no peso, quanto na resistência cardiovascular.

— As pessoas resistem muito em sair da zona de conforto. Depois que seguem um ritmo, fica muito mais fácil. Acabam se viciando na sensação boa que a atividade física promove, causada pela liberação de endorfina — salienta Cátia.

Pessoas com menos de 40 anos e saudáveis devem procurar o médico para fazer os exames de rotina e medir alguns índices, como colesterol e glicemia. Carisi Anne Polanczyk, diretora científica da Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio Grande do Sul (Socergs), tranquiliza aqueles que temem uma guinada na vida sedentária:

— Não há dúvidas que corre-se mais risco ficando no sofá do que caminhando.

A futura magra

A arquiteta Adriane Enk Buneder, 41 anos, nunca foi obcecada por ver a marca do ponteiro da balança toda hora. Como era gordinha desde bebê, havia se habituado à forma física. Começou a flertar com a malhação em 1997, mas foi há cerca de quatro anos que se entregou de verdade. Preferia notar o resultado nas roupas que ficavam largas, nas formas que seu corpo tomava e na autoestima elevada depois de um longo período de treinos. Com a meta de ser uma "futura magra”, ela contou com o personal trainer Eduardo Grumann para uma mudança de postura, mas admite que, sem uma reeducação alimentar, nada seria possível. 

O programa

> Musculação de três a quatro vezes por semana e caminhadas de até 40 minutos depois das séries.
> Atenção à técnica de movimento e prioridade para o treino, que trabalha muito a força, mais intenso possível.
> Alimentação regrada.

O resultado

Abandonou os 80 quilos iniciais e agora não passa dos 60 quilos.

Como ela chegou lá

“Comecei a treinar e gostar de musculação há uns 13 anos. Inicialmente era um esforço me exercitar. Tinha vergonha de ir à academia. Hoje virou um hábito. Eu estava com sobrepeso, mas aquela era a imagem que estava habituada a ver desde pequena. Duas gestações, a segunda de gêmeos, fez com que meu corpo sofresse algumas variações. Meu peso que oscilava entre 60 e 70 quilos, chegou a quase 100. Determinada, dizia: “sou uma futura magra”. Só consegui emagrecer com ajuda de um médico e do meu personal, que sempre me incentivou a ter disciplina”.

Encarando a balança

Fabiano Sampaio Gonçalves, 27 anos, passou a infância e a adolescência carregado pelos pais a consultórios de médicos e de nutricionistas. Junta uma lista imensa de tentativas fracassadas para perder peso. Em março de 2008, ele mesmo tomou a iniciativa e chegou ao consultório médico disposto a ganhar autoestima. Fabiano nem sabe quantos quilos tinha quando fez a primeira consulta com a endocrinologista, Patrícia Santafé: a balança da médica marcava no máximo 150 quilos. Mesmo tão pesado, Fabiano rejeitou a opção de fazer cirurgia de redução do estômago. Três anos depois, está 50 quilos mais leve. 

Como ele chegou lá

“Não gosto de cirurgias, nem cogitei essa hipótese. Tinha consciência de que não havia tido sucesso nas outras tentativas por falta de vontade suficiente. Naquela vez foi diferente. Sabia que esse emagrecimento ia ser bom para a minha autoestima, e foi. A balança não me suportava. Somente na terceira consulta é que pude saber qual era o meu peso e o quanto tinha emagrecido. Seis meses depois do início do tratamento, estava com 103 quilos. O melhor de tudo foi ver a alegria dos meus pais. Tenho consciência de que tive uma conquista diferenciada. Reeducar minha alimentação ajudou muito. Como com frequência e qualidade. Me policio muito mais com a hora do que com a quantidade de alimento”.

O programa

> Remédio antiobesidade em baixa dosagem para ajudar a aplacar a ansiedade.
> Os seis pães brancos no café da manhã foram substituídos por apenas um, acompanhado de uma xícara de café.
> Comer com frequência: saladas passaram a complementar as refeições, intercaladas com lanches a cada três horas.
> Natação três vezes por semana e caminhadas sempre que possível.

O resultado

No primeiro ano, foram eliminados 70 quilos. Parou com o remédio e recuperou 20 quilos.

Aprendendo a mastigar

Em setembro de 1990, depois de ver o pai obeso enfartar aos 59 anos de idade, Luís Cirlon da Silva decidiu que era a hora de mudar o rumo que a própria vida estava tomando. Sedentário, sufocado em seu corpo e com o peso acima do limite, o empresário buscou a ajuda de Yole Luz Brasil, especialista em nutrição clínica. Hoje, aos 62 anos, Cirlon já nem faz mais força para se manter em forma. Deixou de comer apenas para satisfazer o paladar, aprendeu a mastigar e a escolher melhor o que coloca no prato. Agora, não consegue se imaginar de outro jeito.

O programa

> Aprender a mastigar: a saciedade deve ocorrer na boca, não no estômago.
– Água: essencial para tudo, desde pele até cabelo e intestinos.
– Bom senso: nada de radicalismos. 

O resultado

Iniciou com 90 quilos em 1990 e seis meses depois, pesava 71 quilos. Hoje, não passa dos 74kg

Como ele chegou lá

“Antes de conhecer minha nutricionista, comia errado, apenas duas vezes por dia, porque não queria engordar. Mas acabava ingerindo alimentos altamente calóricos e gordurosos. Aos finais de semana, o estrago era geral. Vivia com uma sensação de frustração muito grande. Nenhuma roupa caia bem. Meu manequim passou do 48 para o 42. Foi uma grande conquista”.

FONTE: http://www.clicrbs.com.br/especial/rs/bem-estar/19,0,3365013,Conquista-de-peso-conheca-o-trio-que-perdeu-81-quilos.html

NÙMERO DE DIABÉTICOS NO MUNDO MAIS QUE DOBROU NAS ULTIMAS DÉCADAS,DIZ ESTUDO

26/06/2011

Segundo pesquisa, índices da doença têm aumentado em quase todo o mundo desde 1980.





O número de adultos com diabetes em todo o mundo mais do que dobrou nos últimos 30 anos, chegando a um total de 347 milhões de pessoas, segundo novo estudo divulgado pela publicação científica Lancet.

Boa parte desse aumento se deve ao crescimento e envelhecimento da população mundial — já que o diabetes afeta principalmente pessoas adultas — mas também, em parte, foi impulsionado por taxas crescentes de obesidade.

À medida que o número de diabéticos cresce em quase todas as partes do mundo, especialistas afirmam que a doença já não se limita aos países ricos e agora é um problema global. Entre as nações onde o número de pessoas com diabetes aumenta mais rapidamente estão Cabo Verde (África), Arábia Saudita (Ásia), Samoa e Papua Nova Guiné (Oceania), além dos Estados Unidos da América. Do total de diabéticos, 138 milhões vivem na China e na Índia e outros 36 milhões nos EUA e na Rússia.

— O diabetes pode se tornar a questão determinante de saúde global na próxima década — disse Majid Ezzati, chefe de saúde ambiental do Colégio Imperial de Londres, um dos autores do estudo.

Ezzati ressalta que o estudo ainda não reflete a geração de crianças obesas ou acima do peso, predispostas a desenvolver o diabetes em algum momento da vida adulta.

Na Grã-Bretanha e no resto da Europa Ocidental, apesar do aumento de peso, houve apenas um pequeno aumento nos casos de diabetes. Países como Cingapura, França, Itália e Suíça praticamente não registraram nenhum aumento da doença em mulheres.

O tipo 2 de diabetes é o mais comum é está associado a obesidade e a um estilo de vida sedentário. A doença ocorre quando o organismo não produz os níveis necessários de insulina, o hormônio responsável pela colocação da glicose dentro das células do organismo 
FONTE:http://www.clicrbs.com.br/especial/rs/bem-estar/19,0,3366690,Numero-de-diabeticos-no-mundo-mais-que-dobrou-nas-ultimas-tres-decadas-diz-estudo.html






LARANJA VERMELHA AGE CONTRA O COLESTEROL E PROTEGE O CORAÇÃO.

25/06/2011 07h11min


  Com plantio ainda escasso no Brasil, a laranja vermelha — falsa sanguínea — é uma quase desconhecida na mesa e nos supermercados brasileiros.
Morguefile / Divulgação

A laranja vermelha é originária da Índia e de países do Mediterrâneo.

A polpa dela é vermelha da cor do sangue e o seu poder de varrer para longe as impurezas do organismo humano tem sido tema de pesquisas e teses no mundo inteiro. Com plantio ainda escasso no Brasil, a laranja vermelha — falsa sanguínea ou sanguínea de mombuca — é uma quase desconhecida na mesa e nos supermercados da maioria das cidades brasileiras. Originária da Índia e de países do Mediterrâneo, a laranja vermelha é uma rica fonte de substâncias que combatem a ação dos radicais livres e evita riscos de doenças cardiovasculares (DCV).

Uma pesquisa recém divulgada pela Universidade Estadual de São Paulo (Unesp) eleva essa variedade da laranja ao posto de faxineira-mor das impurezas que circulam na corrente sanguínea do corpo humano. Ela teria maior poder de limpeza do que outras espécies, como a pera, a baía ou a valência. Numa análise bioquímica que durou oito semanas, com 35 voluntários, a professora de nutrição da Unesp Cláudia Lima, sob a orientação da bióloga Thaís Borges César, concluiu que o suco dessa linhagem de laranja reduziu em 9% a taxa de colesterol total e em 11% a taxa de colesterol ruim.

Os voluntários passaram dois meses com a missão de beber 750ml de suco da fruta — três copos de 250ml — por dia.

— Observamos que houve a diminuição de 5% no índice de proteínas relacionadas a riscos cardíacos, enquanto a proteína C reativa, um indicador de existência de inflamação aguda no organismo, baixou 49% — explica a nutricionista.
Para Thaís Borges, as outras laranjas também baixam o colesterol e são ricas em carboidratos, ácido fólico, potássio, vitamina C, mas a laranja de polpa vermelha do tipo falsa sanguínea tem algo mais. O grande diferencial dessa para outras variedades da fruta é que ela possui maior quantidade de licopeno e de outros flavonoides, além de atuar diretamente nos marcadores que alertam para a presença de radicais livres no corpo, como a proteína C reativa. Quando o nível dessa substância está alto, significa risco de estresse oxidativo (desequilíbrio entre a formação e remoção de agentes oxidantes no organismo) e de doenças cardiovasculares.

De acordo com o engenheiro-agrônomo Rodrigo Latado, do Instituto Agronômico de Campinas (IAC) — que estuda espécies de laranja de polpa vermelha há mais de 20 anos e é pioneiro em plantios experimentais da falsa sanguínea no Brasil —, o licopeno e os carotenos que a laranja contém apresentam de fato funções nutricionais e medicinais.

— Os principais carotenoides presentes na laranja, o licopeno e os carotenos, apresentam funções nutricionais e medicinais, com ação preventiva contra câncer e doenças cardiovasculares — explica o agrônomo, que participou da pesquisa de Cláudia Lima.

FONTE:http://www.clicrbs.com.br/especial/rs/bem-estar/19,0,3364934,Laranja-vermelha-age-contra-o-colesterol-e-protege-o-coracao.html






ESTUDO PARA VER O IMPACTO DA CANELA NO PROCESSO DA ESCLEROSE MÚLTIPLA.

24/JUNHO/2011

Um cientista especializado em neurologia, do Centro Médico da Universidade Rush (Chigo, EUA), recebeu uma concessão do National Institutes of Health (NIH) para avaliar se a canela, uma especiaria comum amplamente utilizado em alimentos, pode parar os processos destrutivos da Esclerose Múltipla.

A concessão de dois anos (750 mil dólares) oferecidos pelo NIH vai financiar pesquisa que irá analisar os efeitos de canela no processo da doença em camundongos.

Dr. Kalipada Pahan, professor de neurologia no centro e principal investigador deste estudo diz:

Desde os tempos medievais, os médicos têm usado a canela para tratar uma variedade de doenças, incluindo artrite, dores de garganta e tosse. Nosso principal desubrimientos em camundongos sugerem que a canela pode também ajudar aqueles que sofrem de Esclerose Múltipla.

Os pesquisadores agora sabem o que desencadeia a doença. As teorias mais comuns sugerem que um vírus ou um defeito genético, ou talvez uma combinação de ambos. Estudos geográficos indicam que poderia haver um fator ambiental envolvido.

Ativação de células gliais do cerebelo estão envolvidos na patogênese de uma variedade de doenças neurodegenerativas, como Alzheimer, Parkinson e Esclerose Múltipla. Ativação de células gliais acumular e secretar neurotóxicos fatores diferentes que causam várias respostas auto-imunes que acabam por prejudicar o cérebro.

De acordo com o médico:

Estas reações auto-imunes no cérebro eventualmente destruir oligodendrócitos, que são um tipo de célula cerebral que protege as células nervosas e bainhas de mielina. No entanto, a canela tem propriedades anti-inflamatórias que combatem e inibem a ativação glial que causa destruição de células cerebrais.

Fonte: Medical News Today (USADO TRADUTOR GOOGLE NESTA POSTAGEM)

PROBLEMAS GASTROINTESTINAIS TEM RELAÇÃO COM FATORES EMOCIONAIS.

23/06/2011 18h10min

A síndrome do intestino irritável e a dispepsia funcional, popularmente conhecida como gastrite nervosa, são as enfermidades mais comuns causadas por fatores emocionais

A relação existente entre fatores emocionais e o desenvolvimento de doenças gastrointestinais é bem marcante, de acordo com o médico gastroenterologista Júlio Carlos Pereira Lima. A síndrome do intestino irritável e a dispepsia funcional, popularmente conhecida como gastrite nervosa, são as enfermidades mais comuns causadas por estresse, ansiedade ou nervosismo.

O diagnóstico, nestes casos, é baseado nos sintomas e na ausência de alterações nos exames clínicos e laboratoriais.

— É preciso analisar o comportamento dos sintomas. No caso da dor, por exemplo, há diferença quando ela tem origem orgânica (é causada por uma enfermidade normal) e quando ela é emocional — explica o médico.

A dor orgânica atrapalha muito mais a vida do paciente, que não consegue comer e perde peso. Já no caso de dores emocionais, a pessoa acredita que a dor está lhe atrapalhando muito, porém, ela consegue dormir bem, comer e trabalhar.

As doenças gastrointestinais provocadas pelo lado emocional são de difícil prevenção, pois, segundo Lima, o seu desenvolvimento depende da atitude da pessoa diante da vida: quem encara pequenas coisas com estresse acaba criando algo maior e não aceita ter que conviver com o problema.

— Para melhorar os sintomas, o tratamento normalmente é feito com medicamentos que regulam a movimentação do aparelho digestivo — diz.

Síndrome do intestino irritável

Pode causar constipação ou diarreia de uma maneira crônica. Além disso, o paciente sente-se estufado e fica com a barriga inchada.

Dispepsia funcional

Popularmente chamada de gastrite nervosa, provoca dor de estômago, sensação de estufamento, desconforto e náuseas.
 

CIRURGIA DA PRÓSTATA NÃO SIGNIFICA FIM DA VIDA SEXUAL PARA O HOMEM

Saúde | 22/06/2011 14h35min

Segundo a especialista Lorraine Grover, muitos homens acreditam que a cirurgia resultaria na diminuição do apetite sexual, impotência e consequente traição da mulher.

É muito comum que se pense que uma cirurgia de próstata significa automaticamente o fim da vida sexual para os homens. No entanto, de acordo com o Centro da Próstata de Londres, este quadro não é verdadeiro. Segundo os pesquisadores, a maioria dos homens tem condições de continuar com a vida sexual depois do procedimento.

Segundo a especialista Lorraine Grover, muitos homens acreditam que a cirurgia resultaria na diminuição do apetite sexual, impotência e consequente traição da mulher. Contudo, a médica que trabalha há mais de 17 anos com pacientes com problemas de próstata, afirma que na maioria das vezes essa preocupação não condiz com a realidade.

— Em média, oito em 10 homens que passam por cirurgia de próstata continuam a ter vida sexual depois — revela.

Conforme a médica, além dos medicamentos, o aconselhamento psicossexual também é importante para que o homem retome a sua vida sexual. Este tratamento, além de garantir que o paciente fique confiante depois da cirurgia, é importante para reintroduzir a intimidade do casal, reconhecer e superar medos em relação à performance sexual e mostrar o significado do sexo no relacionamento.

MERCK DESISTE DA APROVAÇÃO DE MEDICAMENTO PARA ESCLEROSE MÚLTIPLA.

22/06/2011 - 15:34

Depois dos pareceres negativos da Agência Europeia do Medicamento (EMA) e da Food and Drug Administration (FDA), a Merck KGaA decidiu desistir do processo de obtenção da aprovação da cladribina, tratamento oral para a Esclerose Múltipla, anuncia em comunicado de imprensa no seu site.
 
A empresa afirma que a decisão foi tomada com base em discussões com a FDA que exigia novos estudos. Os dados dos ensaios clínicos em curso dificilmente iriam atender os requisitos da FDA, seria necessário um novo programa de ensaios clínicos que levaria anos a ser concluído, tornando-se dispendioso. Em geral, a decisão da FDA foi consistente com a da EMA que deu parecer negativo ao fármaco no início deste ano.
 
Stefan Oschmann, membro do Conselho Executivo e Chefe da Divisão Merck Serono, disse que "considerando o tempo que seria necessário para completar um novo programa de ensaios clínicos, e o risco significativo de não obtenção de dados suficientes para aprovação da cladribina, e tendo em conta a evolução competitiva do mercado, decidimos não prosseguir com o processo de aprovação", crescentando ainda que a empresa pretende concentrar-se em outros projectos ", trazendo benefícios para os doentes com Esclerose Múltipla".
 
Na Austrália e na Rússia, a cladribina já está disponível sob o nome comercial Movectro®. A Merck pretende retirar o produto destes dois mercados.

SAIBA COMO SE PREVENIRDE DOENÇAS COMUNS NO INVERNO

22/06/2011 06h11min

Manter os ambientes ventilados e lavar as mãos frequentemente são medidas fundamentais de prevenção.
Marcello Casal Jr./ABr / ABR
Lavar as mãos com frequência é outra medida de prevenção essencial principalmente nesta época.

Com a chegada do inverno, podem chegar também as doenças comuns desta época, como gripes, dores de garganta, rinites e sinusites. Para evitar estas verdadeiras "incomodações", que em geral podem causar coriza, tosse, espirros, febre, dores no corpo e às vezes deixar qualquer um de cama, algumas medidas de prevenção são bem importantes.

De acordo com o pneumologista Paulo Goldenfum, manter os ambientes ventilados é fundamental para evitar tanto as doenças alérgicas (que nesta época são causadas por ácaros), quanto as transmitidas por vírus — como no caso das gripes.

— Pelo menos uma janela, nem que seja uma fresta, precisa estar aberta para que o ar seja trocado — explica o médico.

A empregada doméstica Lúcia de Fátima Pinna utiliza diariamente uma linha de ônibus da Capital e afirma que sempre que entra no automóvel abre uma janela:

— Sei que em ambientes fechados aumenta o risco de transmissão de doenças, principalmente da gripe no inverno, por isso, sempre tento abrir o vidro ou peço para o cobrador abrir — conta.

Lavar as mãos com frequência é outra medida de prevenção essencial nesta época, pois, segundo Goldenfum, elas são um vetor de doenças respiratórias. Se não puder lavá-las, o ideal é, pelo menos, tentar não passar a mão no rosto depois de tocar em itens como as barras de apoio que são utilizadas para se segurar no transporte público.

Confira outras dicas e previna-se:

:: Proteja a boca, mas evite tossir ou espirrar direto na mão;

:: Procure não ingerir líquidos muito gelados ou muito quentes;

:: Use roupas e sapatos adequados Dê preferência a sapatos com solado de borracha;

:: Não esqueça de proteger as mãos e a cabeça do frio;

:: Mantenha uma dieta saudável;

:: Faça a vacina contra gripe.




FONTE:

http://www.clicrbs.com.br/especial/rs/bem-estar/19,0,3359557,Saiba-como-se-prevenir-de-doencas-comuns-no-inverno.html 
















SALÃO DE ORLANDO TERÁ UM DIA DEDICADO A CAMPANHA PARA SARAH BRITOS

Segunda , 20 de Junho 2011 , 12:24

Sarah se submeterá a um tratamento de células-tronco no Peru, em setembro.
 
 

ORLANDO - Desde que tinha dois anos, Sarah Britos, que tinha um desenvolvimento de uma criança comum, começou a apresentar falta de equilíbrio. Depois de muitos exames, sua família foi informada de que sua filha sofre de uma rara doença degenerativa.

Desde então, Britos foi submetida a cinco cirurgias e inúmeros tratamentos. Hoje ela está com oito anos, e sua família busca recursos para um tratamento de células-tronco, agendado para ter início em Lima, no Peru. A campanha “For the life of Sarah Britos” tem envolvido a comunidade nessa causa.

O BC Beauty Salon vai abrir no domingo, dia 26 de junho, e 50% do lucro deste dia será revertido para a cirurgia de Sarah. Toda a equipe estará participando, portanto os serviços incluirão cabelo, manicure, corte, tintura, etc. Não é necessário marcar hora. O BC Beauty Salon fica em Orlando, na 5609 International Drive. O telefone é (321) 244-1700. Para ajudar na campanha e saber mais, acesse sarahbritos.com.
 

A história de Sarah

Poucos meses antes de completar dois anos, Sarah Britos foi diagnosticada com uma atrofia cerebelar (ATAXIA) que provoca a perda do equilibrio, um prejuizo na coordenação motora.

Ataxia não é uma doença específica, e sim um sintoma; significa uma perda de coordenação dos movimentos voluntários, uma alteração genética que leva à morte precoce dos neurônios do cerebelo e atrofia este órgão.
Médicos dizem que não há cura para a Ataxia, mas o tratamento consiste em fonoaudiologia, fisioterapia e auxílio com cadeira de rodas, bengala ou andadores.

Mas Sarah estava apresentando uma perda dos movimentos fora do normal. Médicos não encontravam o motivo até que o especialista em doenças degenerativas, Dr. Fernando Kok, em São Paulo, diagnosticou, depois de uma biopsia conjuntiva, que Sarah é portadora de uma doença rara chamada distrofia neuroaxonal infantil ou Doença de Seitelberger.

A degeneração por esta doença é progressiva, com demência, evoluindo para um estado de degeneração mais intenso e a morte ocorre antes que se complete 10 anos de idade, de acordo com pesquisas. Hoje, Britos não fala, não anda e já fez cinco cirurgias. O tratamento de células-tronco foi um novo recurso encontrado para parar com a degeneração e salvar sua vida.

SAIBA MAIS SOBRE O USO DE CÉLULAS DO CORDÃO UMBILICAL

21/06/2011 -- 10h53

O procedimento de coleta do sangue de cordão umbilical é seguro tanto para mãe quanto para o bebê.

Uma das grandes descobertas da medicina, com certeza, foi o uso de células–tronco do cordão umbilical no tratamento de várias doenças hematológicas. No entanto, apesar dos benefícios da utilização dessas células muitas mamães ainda têm diversas dúvidas sobre o assunto. Por isso, a médica Adriana Ribeiro Homem, responsável técnica do Banco de Cordão Umbilical (BCU), respondeu as 10 dúvidas mais frequentes na sociedade moderna. "O uso de células–tronco do cordão umbilical ainda é um assunto polêmico na atualidade, pois muitas pessoas desconhecem como são realizados os procedimentos e qual a importância para o tratamento e pesquisa de várias doenças", diz a especialista.  

O procedimento é seguro?

O procedimento de coleta do sangue de cordão umbilical é seguro tanto para mãe quanto para o bebê, não interfere em nada na hora do parto, após o médico cortar o cordão umbilical, o bebê vai para os procedimentos habituais e a coleta é realizada em cerca de 5 minutos retirando o sangue que ficou no resto do cordão e na placenta.

É indolor?

Sim, é completamente indolor para a mamãe e para o bebê.

Como é feita a coleta e armazenagem?

Assim que a criança nasce o cordão umbilical é cortado e o sangue coletado é colocado dentro de uma bolsa de coleta de sangue, esta bolsa é enviada para o laboratório onde as células-tronco serão separadas. No BCU é usada uma máquina de última geração (SEPAX). Após este procedimento as células-tronco são armazenadas geralmente em 2 bolsas de 25 ml e guardadas em tanque de nitrogênio líquido a -196 °C.

Quais as vantagens de se guardar as células-tronco do cordão umbilical?

Atualmente existem mais de 80 doenças tratáveis com células-tronco e mais de 200 em estudos com grandes resultados. Ao guardá-las o bebê possui a garantia que terá 100% de compatibilidade e utilização imediata no caso de necessitar de um transplante usando estas células. Hoje em dia podem ser usadas células-tronco dos próprios órgãos, gordura, pele e dentes. Mas uma das vantagens em usar as células-tronco do cordão umbilical coletadas no momento do nascimento é que estas são consideradas "virgens", pois não sofreram nenhum tipo de influência do meio externo, como medicamentos, estresse e outras, além de ser uma das áreas da medicina em que as pesquisas mais evoluem, ou seja, certamente novas aplicações surgirão ao longo do tempo.

Portanto, ao fazer a coleta das células-tronco do bebê os pais têm a chance de fazer um tratamento mais eficiente caso o filho seja acometido por alguma doença hematológica que já pode ser tratada pela terapia das células-tronco.

Quais doenças já são tratadas?

Mais de 80 doenças já podem ser tratadas com as células-tronco do cordão umbilical. Dentre elas é possível citar: Anemias, leucemias, linfomas, talassemia, doenças linfoproliferativas e doenças mieloprofilativas.

Quanto tempo elas podem ficar armazenadas?

Graças à tecnologia utilizada atualmente as células-tronco podem ficar armazenadas por tempo indeterminado. As primeiras células-tronco coletadas e criopreservadas já têm 23 anos e estão aptas para utilização.

Quanto custa?

Com o aumento no número de coletas, devido à maior acessibilidade, o custo diminuiu. Sendo que o valor para coletar e armazenar as células-tronco do cordão umbilical é acessível para as classes A, B e C (com diversas formas de pagamento). O fato da concorrência também possibilitou aos pais poderem escolher entre as vantagens e desvantagens que cada uma oferece.

É possível coletar sangue do cordão umbilical em prematuros?

Sim. O procedimento poderá ser realizado a partir de 32 semanas de gestação, conforme descrito na legislação que rege o funcionamento dos bancos de cordão umbilical e placentário (RDC153, de 14 de junho de 2004).

Quem irá coletar o sangue do cordão umbilical do meu bebê em caso de parto de emergência?

Sabendo que podem ocorrer estes imprevistos, em todas as cidades (mais de 40) onde possui um escritório de coleta, temos enfermeiros treinados que ficam de plantão 24h. Podemos contar também com o médico que fará o parto. O procedimento de coleta é simples podendo ser facilmente executado pelo médico assistente.

Qual a diferença entre armazenar as células-tronco num banco privado ao invés de um banco público?

No banco privado o armazenamento das células visa ao uso da própria pessoa que teve as células coletadas ou de familiares. Dessa forma, é permitida a disponibilidade imediata das células-tronco sem a necessidade de espera por uma compatibilidade. Já no banco público o processo de coleta e armazenamento é idêntico aos privados, mas o uso é diferente, pois a pessoa que necessitar das células-tronco para um transplante dependerá de uma compatibilidade para seu uso, ou seja, terá que enfrentar uma fila de espera. 

DOENÇAS ATINGEM OS VIZINHOS DO POLO

segunda-feira, 20 de junho de 2011 7:23 


As famílias vizinhas do Polo Petroquímico de Capuava estão sendo contaminadas. Elas sofrem e adoecem lentamente. Os efeitos da poluição emitida há mais de 50 anos deixam um rastro desumano em quase todas as casas dos bairros Capuava, em Santo André, Silvia Maria e Sônia Maria, em Mauá, e São Rafael, na Capital.

As enfermidades mais comuns são a tireoidite de Hashimoto, uma disfunção na glândula tireóide. A doença traz diversos sintomas para o resto da vida - mesmo com medicação diária (sem acompanhamento, a pessoa morre) -, como depressão, cansaço, queda de cabelo e alteração de peso, além de doenças respiratórias. O caso é grave, mas as empresas do polo não colaboram com o Ministério Público e, principalmente, com a população.

O alarme soou em junho de 2002. Quem fez o alerta foi a professora e endocrinologista Maria Angela Zaccarelli Marino, da Faculdade de Medicina do ABC. O veredicto saiu após levantamento realizado durante 12 anos de pesquisas.

Nesse tempo, a médica constatou alto índice de pessoas que desenvolveram tireoidite crônica, mais conhecida como mal de Hashimoto. Os vizinhos do polo sofriam cinco vezes mais de problemas na glândula da tireóide do que outra região pesquisada.

O Diário teve acesso a documentos do Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria do Estado de Saúde e artigos publicados em revistas internacionais que indicam a probabilidade de o alto número de doentes estar ligado à poluição das empresas do polo.

Em 2008, o CVE enviou estudo com 1.533 pessoas, sendo 781 no polo e 752 em Diadema (área de controle), para o promotor público do Meio Ambiente de Santo André, José Luiz Saikali. O resultado confirmou a tese da endocrinologista (veja arte acima).

O promotor solicitou exames mais elaborados ao Laboratório de Poluição Atmosférica da USP, com moradores e do ar da região. "A associação do polo queria colaborar, mas depois desistiu", disse ele.

No meio dessa confusão estão mais de 65 mil pessoas. Os primeiros resultados para descobrir as causas do aumento significativo das moléstias vão sair com dez anos de atraso.
té setembro, vamos ter as primeiras análises. Esse vai ser um passo importante", disse Paulo Saldiva, coordenador do laboratório da USP. A Associação das Empresas do Polo Petroquímico informou que não haveria tempo necessário para responder à reportagem.

ORIGEM DOS PROBLEMAS PODE ESTAR NA FUMAÇA DAS EMPRESAS

O clima é diferente. O horizonte é cinza. Os olhos ardem. A pele coça. O nariz escorre. As pessoas ficam ou estão doentes. Assim é a vida de grande parte dos moradores e trabalhadores dos arredores do Polo Petroquímico de Capuava, nas cidades de Mauá, Santo André e Capital.

A origem de todo esse transtorno pode estar ligada à fumaça que sai continuamente das chaminés das 14 empresas do polo, ao longo das últimas décadas.

A equipe do Diário constatou que a coisa mais comum ao andar pelas ruas dos bairros Capuava, em Santo André, Silvia Maria e Sônia Maria, em Mauá, e São Rafael, na Capital, é encontrar pessoas que sofrem do mal de Hashimoto e de doenças respiratórias, como rinite, sinusite ou bronquite. Todos acusam sistematicamente o Polo Petroquímico como agente transmissor.

Além da sensação de incômodo, a situação piora quando as petroquímicas "soltam aquela coisa". É assim que os moradores definem a liberação e queima de gases pelo flair (tipo de uma chaminé), mais as explosões, que assustam os idosos e as crianças nas madrugadas.

Alguns moradores, cansados de sofrer com os graves sintomas do mal de Hashimoto, como a desempregada Marlei Florência, 42 anos, venderam a casa por preço menor e foram embora. "Não tinha forças nem para levantar da cama. Essa foi a minha saída, mas perdi muito dinheiro e minha saúde", disse Marlei, que morou por mais de 40 anos no Sônia Maria.

Para Maria Angela Zaccarelli, professora e endocrinologista da Faculdade de Medicina do ABC, o perigo, além dos sintomas do mal de Hashimoto, é a associação com outras enfermidades, como Esclerose Múltipla, infertilidade precoce, lúpus e vitiligo.

"Por isso que é preciso saber o que sai das chaminés dessas empresas. Não podemos esperar mais, é preciso fazer alguma coisa já", comentou a especialista.

TEMPO DE EXPOSIÇÃO
O período para desenvolver a tireoidite ou doenças respiratórias varia de dois a quatro anos, segundo os casos diagnosticados pela pesquisadora.

A equipe do Diário encontrou quatro funcionários de uma empresa do polo que desenvolveram o mal de Hashimoto após dois anos de trabalho. "Não podemos falar nada. Se isso acontecer somos demitidos no outro dia", disse uma recepcionista.
  
 




DIA COMEÇA COM UM COMPRIMIDO

"Eu sou parte do Polo Petroquímico", diz a dona de casa Ivete Nardim Ceconello, 57 anos. Há 30 anos, a primeira coisa que faz ao acordar é ingerir um comprimido para o mal de Hashimoto. Ela sofre no corpo os efeitos do problema na glândula da tireóide por ser vizinha do complexo de empresas petroquímicas.

Com 21 anos, recém-casada, mudou para o bairro Capuava, em Santo André. "Não tinha nenhum problema de saúde, mas depois de alguns anos comecei a engordar. Aí fui fazer os exames e o resultado veio", lembra. Foi constatada uma queda nos hormônios da tireóide, e o médico pediu para realizar uma bateria de exames complementares. "Não deu outra, a minha tireóide estava tão grande que o técnico pensou que a máquina estava quebrada", comenta.

Desde então, a dor nas pernas e o ganho de peso foram compreendidos. A causa para desenvolver a doença, ela aponta sem hesitar. "Não tem dúvida. Nós respiramos esse ar com fuligem o dia inteiro."

Ao andar pelos arredores é fácil compreender os efeitos da fuligem. Os portões e paredes brancas ficam encardidos. "As minhas pacientes brincam que os cachorros delas amanhecem brancos e depois ficam pretos", diz a médica Maria Angela Zaccarelli Marino.

‘ESSA DOENÇA TORTURA AOS POUCOS'

"Eu sou parte do Polo Petroquímico", diz a dona de casa Ivete Nardim Ceconello, 57 anos. Há 30 anos, a primeira coisa que faz ao acordar é ingerir um comprimido para o mal de Hashimoto. Ela sofre no corpo os efeitos do problema na glândula da tireóide por ser vizinha do complexo de empresas petroquímicas.

Com 21 anos, recém-casada, mudou para o bairro Capuava, em Santo André. "Não tinha nenhum problema de saúde, mas depois de alguns anos comecei a engordar. Aí fui fazer os exames e o resultado veio", lembra. Foi constatada uma queda nos hormônios da tireóide, e o médico pediu para realizar uma bateria de exames complementares. "Não deu outra, a minha tireóide estava tão grande que o técnico pensou que a máquina estava quebrada", comenta.

Desde então, a dor nas pernas e o ganho de peso foram compreendidos. A causa para desenvolver a doença, ela aponta sem hesitar. "Não tem dúvida. Nós respiramos esse ar com fuligem o dia inteiro."

Ao andar pelos arredores é fácil compreender os efeitos da fuligem. Os portões e paredes brancas ficam encardidos. "As minhas pacientes brincam que os cachorros delas amanhecem brancos e depois ficam pretos", diz a médica Maria Angela Zaccarelli Marino.

‘ESSA DOENÇA TORTURA AOS POUCOS'
Dor nas pernas, cansaço, boca seca, sono, moleza, queda de cabelos e outras diversas sensações
"Eu sou parte do Polo Petroquímico", diz a dona de casa Ivete Nardim Ceconello, 57 anos. Há 30 anos, a primeira coisa que faz ao acordar é ingerir um comprimido para o mal de Hashimoto. Ela sofre no corpo os efeitos do problema na glândula da tireóide por ser vizinha do complexo de empresas petroquímicas.

Com 21 anos, recém-casada, mudou para o bairro Capuava, em Santo André. "Não tinha nenhum problema de saúde, mas depois de alguns anos comecei a engordar. Aí fui fazer os exames e o resultado veio", lembra. Foi constatada uma queda nos hormônios da tireóide, e o médico pediu para realizar uma bateria de exames complementares. "Não deu outra, a minha tireóide estava tão grande que o técnico pensou que a máquina estava quebrada", comenta.

Desde então, a dor nas pernas e o ganho de peso foram compreendidos. A causa para desenvolver a doença, ela aponta sem hesitar. "Não tem dúvida. Nós respiramos esse ar com fuligem o dia inteiro."

Ao andar pelos arredores é fácil compreender os efeitos da fuligem. Os portões e paredes brancas ficam encardidos. "As minhas pacientes brincam que os cachorros delas amanhecem brancos e depois ficam pretos", diz a médica Maria Angela Zaccarelli Marino.

‘ESSA DOENÇA TORTURA AOS POUCOS'
É assim que vários moradores da região do Polo Petroquímico se definem após a equipe do Diário fazer a simples pergunta de como é o seu dia a dia.

Não é diferente com a comerciante Elaine Aparecida Martins Nonato, 42 anos, quando não toma o seu comprimido, ainda em jejum, para o mal de Hashimoto.

"Impressionante como essa doença tortura aos poucos. Como sou muita esquecida, fico até dois dias sem tomar, aí a coisa fica feia", comenta.

A comerciante reside no bairro Sônia Maria, em Mauá, e cresceu na rua Antonio Calheiros, que tem as empresas do polo literalmente na frente da casa de sua mãe. "Além daquele pó preto que impregna em tudo, tem o forte cheiro de gás", aponta a moradora.

O surgimento do mal de Hashimoto ocorreu aos 28 anos, meses após dar à luz a sua filha. "Engordei muito e tinha dores nas pernas, cansaço, e não deu outra no exame. Comecei tomando 40 miligramas do remédio por dia, e hoje já estou no de 125. Mas essa doença, na região, infelizmente é normal", frisa a comerciante.
PROBLEMAS RESPIRATÓRIOS SÃO COMUNS

Basta mudar o tempo para a balconista Elizangela Fernandes, 31 anos, perder o sono e passar a noite ao lado da filha Kimberly Sofhia, de 2 anos e 6 meses. As duas sofrem de problemas respiratórios crônicos, mas a criança é a mais afetada. A mãe tem crises de rinite desde os 14 anos; a pequena sofre de bronquite desde o primeiro ano de vida.

"Vivo com o nariz escorrendo, mas o problema está nela. É sarar de uma crise e, em pouco tempo, volta. É terrível, não aguento mais dar antibiótico", diz a mãe.

Para tentar melhorar a qualidade de vida da criança e não perder horas no hospital, a família comprou uma máquina de inalação, item comum nas casas visitadas pela equipe do Diário.

"Sempre faço inalação nela, até fica mais calma, mas parece que as crises cada vez ficam mais fortes", comenta a balconista, que sempre morou no bairro Capuava, em Santo André.

Até hoje apenas um estudo, em parceria entre a Faculdade de Medicina do ABC e o laboratório de Poluição Atmosférica da USP, foi realizado. O resultado da pesquisa, realizada em 37 árvores para saber a concentração de chumbo, não foi nada agradável: 4 ppm (partes por milhão), na média. Mas em algumas concentrava 15,6 ppm. O ideal seria 1 ppm.
 


SAIBA QUANDO AS MANIAS VIRAM DOENÇAS.

19/06/2011

Confundidos com puro perfeccionismo ou mesmo camuflados num estilo de vida saudável, transtornos ameaçam a saúde.

Na hipocondria, o indivíduo acredita estar com uma doença grave e não acredita nos médicos.
 
 
Se a prática de exercícios físicos ocupa boa parte do seu dia, você passa o tempo todo arquitetando formas saudáveis de alimentação, vive no médico atrás de explicações para qualquer incômodo, não sai de casa sem verificar dezenas de vezes se a luz está apagada ou não consegue trabalhar se a sua mesa não estiver com papéis e canetas alinhados, é hora de tomar cuidado.

Todas as características descritas acima são de pessoas que sofrem das doenças do excesso. Elas não são novidades, nem raras. Mas os estudos avançados na área da psiquiatria passaram a nominá-las recentemente. Quem faz de tudo por uma alimentação saudável pode ter desenvolvido ortorexia. Aqueles que malham em demasia e se enxergam sempre fracos, vigorexia. Perfeccionismo e organização além da conta podem ter desenvolvido o Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).

Sobre essa última síndrome das demasias, a psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva acaba de lançar o livro entes e Manias (leia na página ao lado). Sobre as causas do TOC, sabe-se apenas que há um desequilíbrio neuroquímico em algumas áreas do cérebro, principalmente envolvendo o neurotransmissor serotonina, e o componente genético é muito forte, conforme explica a autora.

— Os traços de personalidade de risco são ansiedade, perfeccionismo, desejo de ter tudo sob controle e um senso exagerado de responsabilidade e de dever — destaca.

Com exceção do TOC, que se desenvolve com pouca interferência do meio externo, o restante das doenças do excesso são inundadas de características da conduta social. A competitividade e o querer tudo para ontem encabeçam a lista dos motivos para esses comportamentos extremos, segundo especialistas.

O psiquiatra Renato Piltcher destaca que os excessos também ocorrem em atitudes boas como limpeza, organização, conforto e saúde. Ele destaca que as pessoas têm dificuldade em lidar com o fato de que limite é bom:

— Está relacionado com a noção de existir, com a ideia de perda. Cada um de nós deseja ser tão especial que nenhuma doença vai nos pegar. Esse é o chamado pensamento mágico, presente em quase todas essas doenças do excesso.

A especialista em saúde coletiva, Madel Therezinha Luz, afirma que as pessoas passam dos limites por uma exigência de performance exagerada, lesiva ao organismo.

— As pessoas são chamadas à produtividade o tempo todo e tentam se enquadrar em padrões inatingíveis. É o impulso de comparação para a competição, que está por trás de tudo isso. Todo mundo tem alguma síndrome: uns mais e outros menos — afirma Madel.

Aqueles que perdem a linha e entram para o grupo dos que cometem excessos têm um sintoma em comum: exposição a um componente que causa compulsão pela repetição. A psiquiatra e terapeuta cognitiva Carla Bicca destaca que essa sensação é gerada em um pedaço do cérebro ligado ao prazer e à recompensa, semelhante à zona em que as drogas atuam.
— Faxinar a casa e sentir o cheiro da limpeza é gratificante. Quanto mais a pessoa se expõe, mais o cérebro reconhece esse ato como se fosse o único agradável. Chega uma hora que nada mais satisfaz e vira doença — aponta Carla.

Para não tornar a busca pelo meio termo uma utopia, o coordenador do Ambulatório de Ansiedade do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo (USP), Márcio Antonini Bernik, dá a dica:

— Não vasculhe excessivamente sintomas e não mude de médico toda a hora, pois o novo doutor pode querer mostrar serviço pedindo ainda mais exames desnecessários. Quem procura, acha.

Para o tratamento desses transtornos, a melhor alternativa é a terapia cognitivo comportamental aliada ao uso de medicamentos inibidores da serotonina, molécula que ajuda na comunicação entre os neurônios.

"Todos podemos ter traços obsessivos"

A psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva acaba de lançar o livro Mentes e Manias: TOC: transtorno obsessivo-compulsivo, (Editora Fontanar, R$ 34,90). Dedicada aos estudos do comportamento humano, a autora já publicou obras como Mentes Perigosas: O psicopata mora ao lado e Bullying: Mentes perigosas nas escolas. 
 
Confira algumas explicações da escritora sobre o TOC:
 


:: Muitas pessoas têm manias. Todos nós podemos ser um pouco obsessivos?
Todos podemos ter traços obsessivos e isso não é ruim, pois nos deixa mais organizados, responsáveis e alertas. Porém, se os pensamentos e comportamentos repetitivos provocam sofrimento ou fazem com que horas do dia sejam gastas cumprindo rituais, é hora de procurar ajuda de um especialista.

Fique por dentro

As doenças do excesso parecem ter a mesma causa. Há psiquiatras que delimitam estes transtornos no eixo dos transtornos obsessivos-compulsivos ou como transtornos aditivos ou impulsivos. Em comum, há a repetição em excesso de algum ato na busca da diminuição da ansiedade ou angústia.

Ortorexia

A fixação pela fiscalização da alimentação, semelhante ao que ocorre nos transtornos alimentares, gera uma alteração na área cerebral responsável pela recompensa. Com isso, vem a necessidade de controle, tornando a preocupação com a comida o objetivo maior. A vigilância é tão grande que a pessoa abre mão de compromissos
sociais e festas para não sair da dieta.

Hipocondria e Transtorno Disfórimico Corporal

São caracterizados por ideias obsessivas e supervalorizadas, com prejuízo da capacidade crítica. Ambos acreditam padecer de um problema físico. Na hipocondria, o indivíduo acredita estar com uma doença grave, consultas vários profissionais, sem acreditar em médicos ou exames que não corroboram sua crença. No transtorno dismórfico corporal, os pacientes procuram médicos na tentativa de melhorar algum “defeito”.
 
Vigorexia

Também integra um subtipo do Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC), chamado de Transtorno Dismórfico Corporal. Por mais musculosa que esteja, a pessoa se enxerga fraca. Usa produtos para conquistar a forma física almejada, como anabolizantes. É comum haver isolamento de amigos e familiares.
Fonte: Carla Bicca, psiquiatra

"Não posso evitar a morte"

Um vendedor autônomo, que pediu anonimato, chegou aos 49 anos suando frio para esconder as manias. Nem sempre conseguia. Sufocava de vergonha ao pensar que percebessem que ele verificava 15 vezes o fechamento da porta ou alinhava os travesseiros.

As primeiras lembranças das manias datam dos 10 anos, quando, por nojo, o menino jamais pegava um lápis emprestado na escola. Os exageros evoluíram e até chances de trabalho foram desperdiçadas.

— Tinha medo de ficar longe dos meus pais, pois pensava que algo de mal poderia acontecer a eles. Só tive certeza de que não era o “Todo-Poderoso” com o falecimento da minha mãe, ano passado. Vi que não posso evitar a morte. Há coisas inevitáveis.

Cinco meses depois, buscou ajuda no Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Lá, descobriu que a obsessão dele tinha nome: TOC , doença que atinge uma em cada 60 pessoas no mundo. Fez o tratamento e hoje, um ano depois, diminuiu os episódios da doença. Segundo Aristides Volpato Cordioli, professor da Faculdade de Medicina
da UFRGS, os pacientes demoram até 10 anos para visitar um médico, perpetuando e agravando as manias.