ENCONTRO PELA CONSCIENTIZAÇÃO DA ESCLEROSE MÚLTIPLA

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Data: 22/11/2010 (segunda-feira)

Local: Câmara Municipal de São Paulo

Viaduto Jacareí , 100 - Auditório Prestes Maia - 1º andar

Horário: 19:00hs

VAGAS LIMITADAS

Inscrições através do telefone (11) 2506-9559



Programação do evento:

1 ª Palestra:Vereador Gilberto Natalini
Tema:Projeto de Lei Que CRIA o Programa de Apoio Portadores de Esclerose EAo Múltipla

2 ª Palestra:
Sr. Wilson Roberto Gomiero - FEBRAPEM da Presidente
Tema:
O Papel da Entidade e Organização nd nd Mobilização dos Pacientes de Esclerose Multipla um Nível Nacional.

3 ª Palestra:
Prof º Dr. Dagoberto Callegaro, neurologista Médico, com Graduação em Medicina, mestrado e doutorado in Neorologia Pela Universidade de São Paulo.
Tema: Relação médico-paciente na Esclerose Múltipla.

4ª Palestra:
Sra. Cleuza de Carvalho Miguel, Conselheira Nacional de Saúde, vice-presidente para assuntos institucionais da FEBRAPEM.
Tema:
A causa da Esclerose Multipla representada no Conselho Nacional de Saúde

5ª Palestra:
Dra. Maria Fernanda Mendes
Tema: Pesquisa sobre percepção da Esclerose Múltipla no Brasil.


Debate: Todos os palestrantes

Encerramento

Remédio sintético nos protege de infecções e aumenta a imunidade

Matéria Publicada em 28/05/2010

Agora, os cientistas querem testar o remédio em pacientes com AIDS.






Luiz Fernando Mesquita é um médico com cabeça de inventor. Há 15 anos esse ex-obstetra, hoje psicanalista, teve a ideia de criar um remédio para proteger o nosso organismo de infecções e aumentar a nossa imunidade. A preocupação nasceu da convivência com pacientes que tinham o vírus HIV. Se parecia um sonho impossível, hoje não é mais. O medicamento já virou realidade e está sendo chamado, por enquanto, de ZIMDUCK.
“O que nós descobrimos é que o ser humano pode ter a sua resposta imune resgatada. Uma vez, me perguntaram: ‘o zimduck é contra o quê?’ O zimduck não é contra nada, ele apenas faz com que o seu organismo volte a ser o seu próprio organismo, volte a ter a tua imunidade natural”, explica Luiz Fernando Mesquita.

O remédio já foi até patenteado no Brasil e no exterior e despertou o entusiasmo de vários pesquisadores. Hoje, um grupo leva adiante os estudos com o zimduck na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
“O zimduck é um produto nacional, um produto novo nacional”, afirma a química farmacêutica Márcia Miranda. “O zimduck é hoje 100% natural, sem aditivo químico nenhum”, destaca Ricardo Kuster, coordenador do Núcleo de Pesquisa de Produtos Naturais da UFRJ.
“Ele não substitui nada no nosso organismo, ele estimula um melhor funcionamento do que temos”, diz o biólogo Igor Couto da Cruz. “Nós temos convicção de que esse produto funciona”, aponta o infectologista Edimilson Migowski.
O que está por trás de um medicamento tão promissor é um ingrediente simples, mas extremamente rico. Os cientistas se inspiraram no melhor remédio que uma mãe pode dar ao filho: o leite materno. Quando amamenta, a mulher transfere para o bebê não só nutrientes, mas também anticorpos, defesas que vão torná-lo muito mais forte. O leite é fonte de imunidade, é assim que os recém nascidos recebem doses de proteção contra doenças e infecções não só na infância, mas por toda a vida.
É assim com seres humanos e com os outros mamíferos também. O trabalho dos cientistas não começa no laboratório, mas no campo, onde eles coletam a matéria-prima do zimduck.
O poder do medicamento, segundo os cientistas, vem justamente da combinação de leite de vários mamíferos. Cada um deles tem uma carga diferente de anticorpos. A fórmula mistura leite de cabra, de ovelha, de vaca e de um quarto animal. Mas esse, o dono da ideia não revela qual é. Por enquanto, é um dos segredos.
“Nós conseguimos concluir com este quarto mamífero, digamos assim, uma fórmula estável”, afirma o médico Luiz Fernando Mesquita.
Até chegar à combinação perfeita, foram inúmeros testes. Agora ele pode ser produzido sem nenhuma química. “O organismo reconhece melhor as coisas que são naturais, as moléculas que são naturais. E se você pensa, por exemplo, em leite, existe uma série de proteínas no leite que existem receptores próprios no organismo”, ressalta Ricardo Kuster, do Núcleo de Pesquisa de Produtos Naturais da UFRJ.
O remédio é aplicado através de uma injeção no músculo, e os primeiros testes já foram feitos em seres humanos. Essa fase da pesquisa provou que o medicamento à base de leite é seguro. Ao todo, 30 adultos experimentaram o remédio, uma vez por semana durante um mês.
Os testes foram feitos em pessoas saudáveis, mas que, como todos nós, sempre têm um ou outro probleminha incomodando.
“Eu tinha alergia respiratória, gripes constantes, resfriados e uma inflamação urinária que era constante”, conta uma secretária executiva. “Eu tinha resfriados constantes. Também de vez em quando, eu tinha infecções urinárias”, diz um engenheiro mecânico.
Os dois testaram o zimduck em 2003. Voluntários que participam de pesquisas com novos medicamentos não podem ser identificados, mas eles podem contar o que sentiram.
“Foram cinco anos sem gripe. É um efeito impressionante. Foi um ano e meio sem problema de infecção urinária”, revela o homem.
"Hoje, sete anos depois, eu me sinto ótima, principalmente pelo fato de ter me livrado daquelas inflamações incômodas e a alergia respiratória crônica. Estou ótima, nunca mais usei remédio”, diz a mulher.
O que aconteceu no corpo dos voluntários foi observado em laboratório. Os exames de sangue deixaram o biólogo Igor Couto da Cruz impressionado com o que viu. A quantidade de células natural killers ou exterminadoras naturais chamou a atenção. São elas que nos protegem de infecções provocadas por vírus, como gripes, herpes e hepatite C, são células que aumentam a nossa imunidade.
“É um ganho geral mesmo, você fica mais alegre, melhora toda a sua vida. Senti isso depois da primeira aplicação”, revela a voluntária. “O zimduck é um remédio que me elevou a outro nível de vida, que me ajudou a ter uma qualidade de vida melhor”, conta o voluntário.
Os médicos imaginam que o remédio funcione assim: ele estimula as glândulas supra-renais a liberarem um hormônio chamado sdhea. Esse hormônio tem quase 150 funções diferentes no nosso corpo. Uma delas é aumentar a quantidade de células natural killers no sangue.
E tem mais. Como o sdhea começa a diminuir a partir dos 25 anos, o remédio ajudaria também a combater os efeitos do envelhecimento, aumentando, por exemplo, a vitalidade. “A primeira aplicação e a mais simples é a menopausa, por exemplo”, destaca o biólogo Igor Couto da Cruz.
Agora, os cientistas querem testar o remédio em pacientes com AIDS. “A aplicação mais fantástica é contra as viroses. E o HIV se encaixa perfeitamente”, aposta Igor.
“Ele iria atuar fazendo com que o teu organismo responda e comece a reagir. É ele pegar na sua mão e bater no inimigo já que você não tem força para bater”, afirma o infectologista Edimilson Migowski.
Esse futuro por enquanto é incerto. Até agora, os cientistas bancaram a pesquisa com dinheiro do próprio bolso, mas a segunda fase é mais cara. E há anos eles esperam financiamento. Mesmo assim, o pai do zimduck não perde o entusiasmo. O que ele promete é, sem dúvida, uma revolução: “ensinar o corpo a voltar a se defender”, afirma o médico Luiz Fernando Mesquita.

Remédio feito à base de maconha pode chegar ao Brasil

Matéria Publicada em:  03/11/2010


A inglesa GW Pharma, produtora do Sativex, já iniciou conversas com a Anvisa

Jones Rossi
 Paciente usa o Sativex, medicamento feito à base de substâncias extraídas da maconha
Paciente usa o Sativex, medicamento feito à base de substâncias extraídas da maconha (Divulgação)
O Sativex, remédio feito à base de maconha, pode estar a caminho do Brasil. A empresa farmacêutica britânica GW Pharma revelou ao site de VEJA que iniciou discussões com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre a possibilidade de vender o medicamento — indicado para tratar sintomas de Esclerose Múltipla — no país. "Temos um interesse muito grande no mercado brasileiro e gostaríamos de obter a aprovação para o remédio na América do Sul", afirma Mark Rogerson, relações públicas da empresa. 
Segundo Rogerson, a intenção da empresa é dar início ao processo formal de aprovação do medicamento. Uma comissão da Anvisa já teria visitado os laboratórios onde o Sativex é produzido, na Inglaterra. A unidade brasileira da Bayer Schering Pharma, que comercializa o remédio na Grã-Bretanha, também afirma que está avaliando a possibilidade de lançar o Sativex no Brasil. 
De acordo a legislação brasileira, medicamentos que contenham em sua composição extratos da maconha são proibidos, mas a lei também prevê a hipótese de autorização para casos específicos.
Liberado para venda pela primeira vez em 2005, no Canadá, o Sativex recentemente ganhou autorização para ser comercializado na Espanha, Nova Zelândia e na própria Grã-Bretanha. O medicamento é usado principalmente para tratar a espasticidade, que são os espasmos musculares causados pela degeneração dos nervos que ocorre por causa da Esclerose Múltipla.
O Sativex usa duas substâncias da planta da maconha, o delta9-tetraidrocanabinol e o canabidiol. Essas substâncias ativam os receptores do cérebro que ajudam a diminuir os sintomas dos espasmos. Segundo a empresa, 50% das pessoas que sofrem com os espasmos causados pela Esclerose Múltipla apresentaram reações positivas ao remédio. "Não temos outro medicamento tão eficiente para tratar dores nervosas", afirma o psicofarmacologista Elisaldo Carlini, de 80 anos, professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e estudioso do uso medicinal da maconha desde os anos 50.
A Esclerose Múltipla atinge 2,5 milhões de pessoas em todo o mundo. Segundo a Associação Brasileira de Esclerose Múltipla, não existem dados concretos sobre o número de pacientes no país, mas estima-se que haja ao menos 35.000 casos.